sábado, 13 de agosto de 2011

UM SÁBADO FRIO EM PARIS

Estou em Paris há três dias. Atravessei o interior da Espanha e França presenteando o meu ser com paisagens fenomenais, muitos campos de trigo e plantações de girassóis. Lugares tão bonitos de se ver que sentia tremer meus ossos, meu corpo, minha alma e meu espírito. Belezas naturais com cheiro de novidade para mim. Cheguei à Europa no dia 28.07.2011, voo direto de São Paulo a Lisboa. Atravessar o Atlântico nunca me seduziu devido às dez horas de céu e mar. Medo de avião todo mundo tem enquanto uns mentem, outros disfarçam...É um meio de transporte seguro, mas afirmo que dez horas dentro de uma aeronave atravessando o Oceano Atlântico, só é páreo para os fortes. Se Euclides da Cunha deixou claro que o sertanejo é, antes de tudo, um forte, também me dou o direito de chamar a mim, de forte.
 Hoje é sábado e cheguei a Paris na quinta-feira e esta é minha terceira noite na Cidade das Luzes. Como a chegada não foi por via aérea, quando o ônibus adentrou Paris levei um susto. Eram  17h, ainda dia, e achei a cidade muito normal, muito parecida com tantas outras. Quis entrar nos porões escuros da desilusão. Pressa minha, estava apenas nas cercanias da capital. Paris não é Disneyworld. Paris é uma velha senhora, austera, conservadora. Uma sedutora mulher cheia de rugas, sem botox, sem pudor de mostras os sinais do tempo. Vive mergulhada no passado nos seus lindos palácios, suas catedrais, seus museus, sua artes e abraçada a sua arquitetura pós-renascentista, mergulhada no seu passado histórico. Quem espera encontrar uma cidade moderninha, quebra a cara! Paris é recheada de grandes museus e o povo respira cultura e dá valor as obras de arte, arquitetura antiga, rebuscada...
É verão na Europa. Estou recolhida no quarto do hotel escrevendo este texto. Faz frio em pleno verão. Lá fora deve estar fazendo uns 15 graus C. E cai uma chuva fininha. Calor senti ao ver a Torre Eiffel, calor de emoção!
 Escrever uma crônica em Paris era tudo o que eu queria. São 23h e alcancei meu objetivo. Causou-me espanto o número de imigrantes na Cidade das Luzes e dei um longo passeio pelo Rio Sena e meu coração pulsou mais forte quando passei de barco em frente à Catedral de Notre Dame. Boa noite!
Liége Farias é cronista litérária e graduada em Letras

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