sexta-feira, 29 de julho de 2016

Pensamento do dia

Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Clarice Lispector

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Quintal da Mildes apresenta Grupo Intuisamba e convidados

A feijoada mais gostosa de Manaus, já tem dia e hora marcada para acontecer. Neste domingo (31), a partir das 12h, o Quintal da Mildes, localizado na Av. Tapajós, próximo ao Hospital Santa Júlia, apresenta mais uma edição do “Samba de Quintal”. A trilha sonora ficará por conta  do grupo Intuisamba, Laura Abreu, Carlos Speto e Vanessa Auzier.

Grupo Intuisamba dará inicio à festa.
Foto: Divulgação

Segundo Rafael Silva, um dos vocalistas do Intuisamba, a ideia é não deixar ninguém parado. “Esse repertório de domingo foi pensado nas pessoas que procuram um lugar bacana para dançar um bom pagode e de quebrar saborear uma boa feijoada”, ressaltou.
A entrada é liberada e a feijoada custa apenas R$ 15. Maiores informações: 98466-6950.


Pensamento do dia

Autodidata é um ignorante por conta própria.
Mário Quintana

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Uendel Pinheiro e Cantor Gui estarão juntos no Pagode do Coronel

Os músicos Uendel Pinheiro e cantor Gui comandarão a roda de samba desta sexta-feira (29), no Pagode do Coronel. A casa que está localizada na Avenida Japurá, 676,Centro de Manaus é o local perfeito para quem gosta em um ambiente familiar que reúne cerveja gelada, samba de roda, e alto astral. O pré-show fica por conta de Paulo Kabessa.
Cantor Gui fará participação especial junto com Uendel Pinheiro
Do repertório, o público pode esperar músicas da melhor qualidade e que ganharam o Brasil na voz de cantores como Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Revelação, Ferrugem, Zeca Pagodinho e outros.
Vale ressaltar que mulheres não pagam até às 22h. Após esse horário os ingressos custam R$ 15 preço único. Maiores informações: 99165-3111.

Pensamento do dia

Procure descobrir o seu caminho na vida.
Ninguém é responsável por nosso destino, a não ser nós mesmos.
Chico Xavier

Com veto a empresas, saiba como serão as doações eleitorais em 2016



Doações de pessoas físicas estão entre as permitidas.
'Vaquinhas' pela internet estão proibidas pelo TSE.

Na primeira eleição em que empresas estão proibidas de fazer doações para os candidatos a prefeito e vereador, as campanhas só poderão contar com o financiamento de pessoas físicas. As "vaquinhas" virtuais estão proibidas. Além disso, os candidatos também terão de obedecer a um limite de gastos.
Veja a seguir as principais regras para as doações eleitorais de 2016:

PERMITIDO
- recursos do próprio candidato;
- doações de pessoas físicas;
- doações de partidos e outros candidatos;
- recursos do fundo partidário, das pessoas físicas aos partidos e dos filiados.

PROIBIDO
- pessoa jurídica*, mesmo se a doação tiver sido feita em eleições anteriores, quando ainda era permitido;
- doação de origem estrangeira.
*O que é pessoa jurídica? São as associações, sociedades, fundações, organizações religiosas e as empresas individuais de responsabilidade limitada (Eireli), constituídas por apenas um sócio.

COMO DOAR
- em dinheiro;
- transferência bancária informando o CPF (obrigatório para doação acima de R$ 1.064,10);
- bens ou serviços estimáveis em dinheiro;
- pela internet: doador identificado pelo nome e CPF, emissão do recibo eleitoral, por meio de cartão de crédito ou débito;
*A pessoa física só pode doar até 10% dos rendimentos brutos do ano anterior à eleição e está sujeita a multa de cinco a dez vezes o valor que doar a mais.



CONTA DO CANDIDATO
Cada candidato ou partido deve abrir uma conta específica no banco para receber as doações. Qualquer movimentação fora dessa conta implica na desaprovação das contas. Se houver abuso, há o cancelamento do registro da candidatura ou na cassação do diploma, se já eleito.

TETO DE GASTO DOS CANDIDATOS
- Outra novidade é que o
 limite de gastode cada candidato diminuiu. Para prefeito, o teto varia de R$ 108 mil a R$ 45,4 milhões. O ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE, admitiu a existência de distorções, que ainda serão objeto de análise pela Corte. Os limites podem ser consultados no site do TSE e são diferentes para cada cidade e cargo (vereador e prefeito).
*Se for excedido, a multa ao candidato é de 100% sobre o valor a mais.

‘VAQUINHAS’
O
 TSE barrou a "vaquinha" na internet, doação por meio de sites de financiamento coletivo ou “crowdfunding”. Os motivos foram:
1 - os ministros entenderam que, por cobrar uma fatia das doações, os sites seriam um “intermediário”, o que não é permitido.
2 - consultado sobre se os sites poderiam captar as doações sem cobrar, o TSE entendeu que a legalidade seria difícil de ser garantida e que empresas poderiam se utilizar dos sites para burlar a lei eleitoral.

DOAÇÃO ONLINE
Diante da proibição do TSE, alguns aplicativos têm sido lançados para facilitar a doação de pessoa física aos candidatos. Um deles é o Voto Legal, promovido pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, onde o candidato se cadastra para receber as doações. Segundo o movimento, a plataforma cumpre os requisitos da Justiça eleitoral. O eleitor também pode doar diretamente pelo site do próprio candidato.

Efeitos
Paulo Henrique Lucon, que foi juiz do TRE-SP e integra a comissão de Direito Eleitoral da seccional paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), acredita que o “grande temor desta eleição é que o caixa 2 aumente”. “A sociedade precisará pensar numa forma de tentar disciplinar essa questão do financiamento das eleições. Será que esse modelo vai funcionar? Não acredito. O ideal era dar transparência, era limitar a pessoa jurídica”, diz.

Segundo o advogado, será preciso verificar os “saltos artificiais” na renda de sócios de empresas, de um ano para o outro, que podem ser feitos para aumentar o limite de doação. Além disso, também será necessário checar se haverá pressão de sindicatos e associações para que seus membros doem para determinado candidato.

Com relação à doação de pessoas físicas, ele explica também que quem deseja fazer uma doação a um candidato deve verificar sua renda do ano anterior. “Quem vive de economia informal, não declarou Imposto de Renda, não pode doar”, diz. Se a doação ultrapassar o limite, gera multa.

Nesse caso, a lei também admite punir o candidato pelo abuso de poder econômico, mas apenas em casos excepcionais. “É inviável o candidato verificar a renda de cada doador. Para condená-lo, precisa ter prova contundente, algo a mais do que a mera e singela doação. Algum elemento probatório a mais que demonstre esse vínculo ilícito”, afirma.


Com limite de gasto e menos fontes de recursos, Lucon considera que a tendência é que os candidatos se utilizem mais das redes sociais e da internet para fazer propaganda eleitoral. “Nós temos uma mudança acompanhando a modernidade, que é a ampliação das mídias sociais, que é um fenômeno mundial e no Brasil não será diferente”, conclui.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Forró Maria Bonita reabre com força total no Restaurante La Finca

Nesta sexta (29), a partir das 20h, a volta do Forró Maria Bonita, agora em novo local. O point dos amantes do bom de pé de serra agora é no Restaurante La Finca, localizado no Conjunto Dom Pedro, atrás da cavalaria.
De acordo com Jean Carlos, um dos organizadores do evento, a ideia é levar bastante alegria e muito pé de serra aos frequentadores que sempre foram fãs do Forró Maria Bonita. “Estamos voltando pra ser mais uma opção no leque de casas que já existem nas sextas feiras, com humildade e sem querer passar por cima ou prejudicar a quem quer seja. Agora em novo local, novo dia e com uma estrutura perfeita pra lhes atender com o mesmo respeito e carinho de sempre”, destacou.

Lucélia Souza e Forró do Mestre irão sacudir o Maria Bonita

As atrações do evento serão: Balanço da Sanfona, Trio Du Vale, Forró Peneirado e Lucélia Souza e Forró do Mestre, que prometem levantar a galera fazendo o melhor do gênero.

Durante o show, os músicos pretendem relembrar os maiores sucessos de Luiz Gonzaga, Dorgival Dantas, Forró Mastruz com Leite e muitos outros. O couvert  custa R$15 preço único. Maiores informações: 99269-9432 e 99473-8144.

Pensamento da terça-feira

O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente...
Mário Quintana

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A Esperança


A Esperança não murcha, ela não cansa, 
Também como ela não sucumbe a Crença, 
Vão-se sonhos nas asas da Descrença, 
Voltam sonhos nas asas da Esperança. 

Muita gente infeliz assim não pensa; 
No entanto o mundo é uma ilusão completa, 
E não é a Esperança por sentença 
Este laço que ao mundo nos manieta? 

Mocidade, portanto, ergue o teu grito, 
Sirva-te a Crença do fanal bendito, 
Salve-te a glória no futuro -- avança! 

E eu, que vivo atrelado ao desalento, 
Também espero o fim do meu tormento, 
Na voz da Morte a me bradar; descansa!
Augusto dos Anjos , Autor do Eu e Outras Poesias, paraibano.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Procurador que acusa Lula é o mesmo que não viu crime nas pedaladas de Dilma

 procurador que apresentou nesta quinta-feira (21), a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio Amaral e mais cinco acusados por obstrução à Justiça é o mesmo que, há uma semana, entendeu não haver crime comum nas pedaladas da equipe do governo Dilma Rousseff.
Na ocasião, ele deu um parecer e mandou arquivar procedimento para apurar as manobras contábeis que foram um dos argumentos para embasar o processo de impeachment da petista que está em curso no Senado.
Ivan Cláudio Marx, da Procuradoria da República no Distrito Federal, reiterou a acusação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o ex-presidente e outros investigados por tentar prejudicar a delação do ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.
A denúncia foi apresentada ao Supremo Tribunal Federal em dezembro do ano passado, mas como Delcídio teve o mandato cassado ela foi remetida para a primeira instância judicial, no caso a Justiça Federal do Distrito Federal, e ficou a cargo de Marx como representante do Ministério Público Federal.
O procurador acrescentou novos elementos à acusação, que está em sigilo, e aguarda decisão do Judiciário, que poderá ou não receber a denúncia e abrir ação penal contra o mais importante quadro do PT.
Defesa
Para o criminalista Conrado de Almeida Prado, que defende Bumlai a ratificação da denúncia já era esperada. Ele, afirma, contudo que a defesa de Bumlai ainda não teve acesso nem a acusação nem ao aditamento apresentado pelo procurador Ivan Marx, que está em sigilo. "Nosso cliente nega veementemente que tenha dado qualquer quantia em dinheiro para a família de Nestor Cerveró para eventual compra de silêncio dele, até porque não havia nenhuma preocupação do Bumlai com algo que ele pudesse dizer", afirma Conrado.
Ele lembra que na outra ação em que Bumlai é réu, envolvendo um empréstimo do Banco Schahin ao PT por intermédio do pecuarista, o próprio Cerveró admitiu que nunca tratou do assunto com ele. "Cerveró não teria nada a dizer que prejudicasse o Bumlai", diz.
O advogado Damian Vilutis, que defende Maurício Bumlai, também disse que ainda não teve acesso ao teor da denúncia e que por isso não pose de manifestar sobre a acusação. Ele, porém, negou que tenha havido a compra de silêncio de Nestor Cerveró.
Pedaladas
Há uma semana, porém, no dia 14 de julho, o procurador Ivan Marx que agora processa Lula foi celebrado por militantes petistas ao entender que as pedaladas que justificam o processo de impeachment de Dilma não configuram crime comum.
As pedaladas fiscais consistiram no atraso de repasses do Tesouro Nacional para que bancos públicos pagassem obrigações do governo com programas sociais e empréstimos subsidiados. Por conta desses atrasos, as instituições tiveram de honrar as despesas com recursos dos correntistas. Para o Tribunal de Contas da União (TCU), as manobras foram operações de crédito ilegais entre os bancos e seu controlador, a União, pois não tiveram autorização Legislativa, como determina o Código Penal.
O procurador analisou seis tipos de manobras do governo Dilma após ouvir integrantes da equipe econômica, analisar auditorias do TCU e os documentos das operações. Segundo ele, as manobras não se enquadram no conceito legal de operação de crédito ou empréstimo. Por isso, em seu entendimento, não seria necessário pedir autorização ao Congresso.
No despacho, ele conclui que houve inadimplência contratual, ou seja, o governo não fez os pagamentos nas datas pactuadas, descumprindo os contratos com os bancos. Marx pontua que, em alguns casos, os atrasos nos repasses tinham previsão legal e as autoridades não tinham a intenção de fazer empréstimos ilegais.
Os argumentos do procurador sobre as pedaladas coincidem com os da defesa de Dilma no impeachment. O processo em curso no Senado avalia se a petista cometeu crime de responsabilidade, um tipo de infração diferente do crime comum. Mesmo assim, as conclusões devem reforçar as alegações de senadores que defendem a volta da presidente afastada às suas funções.
Ao atrasar os repasses aos bancos, o governo adiava despesas e, com isso, o registro, pelo Banco Central, desses passivos na dívida líquida do setor público. Para Marx, embora não seja crime comum, essa prática configura improbidade administrativa. "Todos os atos seguiram o único objetivo de maquiar as estatísticas fiscais, utilizando-se, para tanto, do abuso do poder controlador por parte da União e do 'drible' nas estatísticas do BC", sustenta.
O procurador ressalta que essa irregularidade teve sérias consequências para a economia, entre elas o rebaixamento do rating pelas agências de classificação de risco. "É inegável que a prática das 'pedaladas' minou a credibilidade das estatísticas brasileiras, contribuindo para o rebaixamento da nota de crédito do País."
Marx avaliou ainda outras operações, como o uso de recursos da Caixa para pagar dispêndios da União no Programa Bolsa Família, no Seguro-Desemprego e no Abono Salarial. No parecer, explica que a antecipação de pagamento por parte do banco está prevista em contrato e ocorre desde 1994.
Em 2000, a legislação penal mudou e passou a considerar crime empréstimos à União sem aval do Congresso. De lá para cá, operações semelhantes continuaram ocorrendo, mas só a partir de 2013, quando o montante dos atrasos passou a ser significativo, o TCU viu irregularidade e possível infração penal.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Ministério da Saúde libera R$ 44,2 milhões para o Amazonas

O Ministério da Saúde liberou R$ 44,2 milhões para custeio de procedimentos ambulatoriais e hospitalares no Amazonas. O montante é referente ao pagamento de julho dos serviços realizados nos seus municípios. Em todo o país, foram disponibilizados R$ 3 bilhões, sendo que R$ 1,9 bilhão foram repassados aos fundos municipais de saúde. Outros R$ 1,1 bilhão foram pagos aos 26 fundos estaduais e do Distrito Federal. Para o Amazonas, R$ 39,4 milhões destinaram-se ao Fundo Estadual e R$ 4,7 milhões aos fundos municipais.
A liberação demonstra o empenho do governo federal em garantir a regularidade dos pagamentos dos procedimentos realizados em todo o país. “Os gestores contam com a contrapartida financeira do Ministério da Saúde para manter e expandir os atendimentos oferecidos nas suas redes do SUS. Nosso compromisso vem sendo a recomposição do orçamento da Saúde, para que o serviço seja ampliado e mais qualificado”, afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Os recursos transferidos no dia 8 de julho fazem parte do Teto Financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC), principal rubrica para o custeio de procedimentos ambulatoriais e hospitalares nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecidos à população, como consultas, exames, internações e cirurgias. É importante ressaltar que esses procedimentos podem e devem ser realizados com esses recursos, repassados pelo Ministério da Saúde de forma regular e automática aos seus gestores. Os estados e municípios também podem empregar recursos próprios para complementação financeira desses procedimentos, assim como as entidades gestoras dos serviços.
A divisão dos recursos de média e alta complexidade considera uma série de condições, entre elas a oferta de serviços do SUS, a habilitação/credenciamento das Redes de Atenção à Saúde, reajuste e inclusão de procedimentos, ações, programas e incentivos implementados pelo Governo Federal. Considera-se, também, o aumento da expectativa de vida da população, o que acarreta a necessidade de oferta de atendimentos, especialmente aos idosos, principalmente no tratamento de doenças crônico-degenerativas, e a Programação Pactuada e Integrada, conforme definição dos gestores do Estado e Municípios.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Pagode do Coronel agita a noite de sexta com muito samba e pagode

Nesta sexta (22), o Pagode do Coronel, localizado na Avenida Japurá, Centro, vai ser palco da melhor roda de samba da cidade, a partir das 21h, com os grupos Pagode dos Amigos, Vem K Sambar e com a participação do Auzier do Samba.
De acordo com Michael, vocalista do Grupo Pagode dos Amigos, a ordem é deixar a noite pra lá de animada. “Será uma roda de samba que irá agradar todos os estilos. Vamos festejar e fazer o que a gente sabe fazer de melhor, que é levar um samba de qualidade para os nossos fãs e frequentadores da casa”, ressaltou.

Pagode dos Amigos é uma das atrações da festa

Entre os sucessos que compõem o set list do grupo estão: “Tia Anastácia”, “Só felicidades”, “A amizade”, “Fulminante”, “Só penso no lar”, “Segredos” e vários outros.

O show inicia às 21h e a mulherada não paga ingresso até às 22h. Após esse horário, os ingressos custam R$ 15, preço único. Maiores informações: 99165-3111.

Empresa suspeita de elo com Romero Jucá obteve R$ 30 milhões

A Ibatiba Assessoria, Consultoria e Intermediação de Negócios, citada em delação de um ex-executivo da Andrade Gutierrez como empresa utilizada para repassar propina ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. De acordo com o Ministério Público Federal, os repasses foram feitos pela própria Andrade, Mendes Júnior e OAS de 2010 a 2012.
Em sua delação premiada homologada em abril deste ano, o ex-diretor de Energia da Andrade Gutierrez Flávio Barra afirmou que Jucá indicou como a propina deveria ser repassada.
Alvo de três inquéritos relacionados à Lava Jato, o senador peemedebista foi um dos principais articuladores políticos do presidente em exercício Michel Temer. Ele deixou o cargo de ministro do Planejamento em maio, após divulgação de conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Na conversa, o senador sugere um pacto para deter o avanço das investigações da operação.
Em depoimento que cita Jucá, o ex-executivo da Andrade Gutierrez disse aos procuradores de Curitiba que a Ibatiba operava como uma das empresas de fachada utilizadas para escoar propina paga pela empreiteira em razão da construção da Usina Angra 3, no Rio. 
O montante movimentado nas contas da Ibatiba foi identificado após a Procuradoria da República solicitar a quebra de sigilo de um grupo de empresas apontadas como de fachada e ligadas à Mendes Júnior.
No pedido, os procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba apontam que, “não obstante os vultosos recebimentos, a Ibatiba, no período de 2010 e 2012, não declarou possuir qualquer funcionário e não efetuou qualquer pagamento a contribuintes individuais, sejam pró-labore ou autônomos, conforme se verifica a partir do exame de suas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”. 
Os procuradores consideram que essa é uma evidência de que a empresa foi usada para repassar propina.
Sociedade
A Ibatiba tem como sócios o empresário José Augusto Ferreira dos Santos e seus filhos, Fabio Augusto e Felipe Guimarães. Santos é mais conhecido por ter sido um dos acionistas do Banco BVA, alvo de intervenção e posterior liquidação judicial pelo Banco Central.
Em um de seus depoimentos aos investigadores, o ex-executivo da Andrade Gutierrez afirmou que Jucá pediu para que a empreiteira procurasse Santos “para viabilizar o pagamento da propina”. Em um primeiro momento, o banqueiro sugeriu que a construtora fizesse um investimento no BVA e, “do rendimento, seria retirado o dinheiro para o pagamento das vantagens indevidas”.
A operação, no entanto, foi negada pela empreiteira. Foi então que Santos indicou a Ibatiba para celebrar contratos fictícios, segundo relato de Barra. “É manifestamente improvável que a Ibatiba efetivamente tenha prestado os serviços pelos quais foi contratada pelas empreiteiras Mendes Júnior, Andrade Gutierrez e OAS, que motivaram transferências de milhões de reais”, afirma o Ministério Público Federal no trecho do relatório em que trata dos pagamentos à empresa.
Citações
Atual presidente em exercício do PMDB, Jucá já foi citado em outras delações premiadas na Operação Lava Jato. Ele foi apontado por executivos da Camargo Corrêa e pelo ex-presidente da Transpetro como um dos parlamentares que recebiam parte da propina destinada ao PMDB por obras da Petrobrás e por contratos no setor elétrico.
O peemedebista ainda foi apontado pelo ex-executivo do grupo Hypermarcas Nelson Mello como um dos beneficiários de propina de cerca de R$ 30 milhões enviada a senadores do PMDB por meio do lobista Milton Lyra. Em outra operação, a Zelotes, o senador é alvo de investigação sobre suposta venda de medida provisória. 
Banco BVA
Na Lava Jato, o Banco BVA já foi citado na 21.ª fase da operação, a Passe Livre, que levou à prisão o pecuarista e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai. No despacho em que autorizou a detenção provisória, o juiz federal Sérgio Moro destacou que o pecuarista “recebeu empréstimos vultosos do Banco BVA meses antes da intervenção por este sofrida da parte do Banco Central”.
“Embora os créditos não estejam esclarecidos, foi possível identificar pelo menos um empréstimo tomado por José Carlos Bumlai do Banco BVA no valor de R$ 3.817.000 em 25 de julho de 2012”, registrou Moro.
O BVA aparece também na delação premiada do ex-diretor de Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Segundo ele, “entre 2009 e 2010”, houve uma ordem do então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), para atender o Banco BVA na participação da Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás.
Segundo Cerveró, José Ferreira dos Santos era amigo de Lobão. O delator relatou que o negócio foi feito e, alguns anos depois, o banco faliu e a Petros perdeu o dinheiro investido.
Defesas
O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que representa os ex-ministros Romero Jucá e Edison Lobão, disse que as afirmações dos delatores são “falsas”. De acordo com o advogado, Jucá “jamais teve intimidade” com José Augusto Ferreira dos Santos, da Ibatiba. Já Lobão, segundo Kakay, “não tinha amizade” com o empresário.
O criminalista Marcelo Leonardo, que defende a Mendes Júnior, disse que não tem informação sobre negócio da empreiteira com a Ibatiba.
A Hypermarcas, na época em que a delação de Nelson Mello foi divulgada, disse que o ex-funcionário autorizou despesas por iniciativa própria.
A reportagem procurou a defesa de Santos, mas não obteve resposta. A defesa da OAS não quis comentar. A Andrade Gutierrez tem afirmado que colabora com a Justiça. 

terça-feira, 19 de julho de 2016

Empreiteira pagou R$ 2,5 milhões a Erenice Guerra, aponta laudo da PF


A empreiteira Engevix pagou R$ 2,5 milhões ao escritório de advocacia de Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil no governo Luiz Inácio Lula da Silva e ex-secretária executiva da então ministra Dilma Rousseff. A informação consta de laudo da Polícia Federal sobre movimentações financeiras da empresa investigada na Operação Lava Jato por envolvimento no esquema de cartel e corrupção na Petrobras. Os pagamentos foram feitos em 2013, quando Erenice já não era mais ministra.

O documento mapeou os principais órgãos do poder público e empresas estatais que assinaram contratos com a empreiteira nos anos de 2008 e 2013, os repasses da construtora para políticos e partidos e os contratos com consultorias e prestadores de serviços nesse período, no qual há o registro da empresa de Erenice. O laudo é assinado pelo perito Ricardo Andres Reveco Hurtado. 

Segundo o relatório, é preciso cruzar os pagamentos ao escritório de Erenice com outros dados da investigação. O sócio da empreiteira José Antunes Sobrinho já havia informado, em delação premiada revelada pela revista Época, ter contratado a equipe da ex-ministra.

Os serviços foram requisitados após o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendar que a Eletronorte executasse, em 2013, uma garantia de R$ 10 milhões da Engevix por obras na Usina de Tucuruí, no Pará. No fim daquele ano, a corte de contas reverteu a decisão, beneficiando a empreiteira.

Em nota, o escritório Guerra&Advogados Associados informou que, sobre "um suposto pagamento da empresa Engevix, tem a esclarecer que toda e qualquer relação comercial foram estabelecidas legalmente, por meio de contrato, com todas as comprovações de serviços prestados" à empreiteira.

Citações

Não é a primeira vez que o nome da ex-ministra aparece na Lava Jato. Ela já foi apontada em delações de executivos da Andrade Gutierrez como uma das responsáveis por acertar a propina de 1% nas obras da Usina de Belo Monte, no Pará, que teria sido dividida entre PT e PMDB. O leilão da usina durou sete minutos e foi vencido com deságio de 6,02% sobre o preço inicial de R$ 83 por MWh, no dia 20 de abril de 2010.

Erenice ficou no comando da Casa Civil de abril a setembro de 2010, quando deixou o cargo em meio a denúncias de que fazia lobby para empresas no ministério. Antes de assumir a pasta na gestão Lula, ela havia sido secretária executiva. Chegou à função em 2005, quando Dilma trocou o Ministério de Minas e Energia pela Casa Civil em substituição a José Dirceu.

Os executivos da Engevix negociam um acordo de delação premiada e colaboram com as investigações.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Revolta

É inverno, minh'alma está vazia,
O pensamento de ti não desgruda. 
Frio, silêncio e solidão são companhias
da lembrança viva que não muda.
Revi as fotos de todos os momentos, nossas vidas 
em perfeita harmonia, lembrei de nossos juramentos, 
é impossível ter sido hipocrisia.
Vi a felicidade bem de perto, 
a certeza de estar no rumo certo, 
Cri até viver um grande amor, enfim.
Posto que sou a dor e a desgraça,
Só Deus para que tudo se refaça
e ressuscite o amor dentro de mim.
Carlos Antônio dos Santos Silva é poeta, autor de Corpo e Alma, paraibano de Sapé, reduto do bardo Augusto dos Anjos.


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Kadu Almeida promove o melhor do sertanejo em Manaus


Kadu Almeida vai reunir o melhor do seu repertório, nesta sexta-feira (11), no Clube Sertanejo e no Lappa Bar. Com dois CDs gravados ao vivo só esse ano, o cantor se prepara para mais agenda de shows neste final de semana. No sábado, é a vez do Zero 092.
Kadu Almeida se apresenta hoje no Lappa e Clube Sertanejo
Foto: Divulgação
Com  show dos seus CD’s ao vivo, que inclui sucessos conhecidos ao longo de sua carreira, Kadu promete agitar o público presente. As músicas “Colinho do Papai”, “Treme treme”, “O nosso santo bateu” e muitas outras, estão garantidas para a noite.  Músicas como “Virote” e “Bumbum granada” também não poderão faltar. Eclético por natureza, o cantor gosta de experimentar diversos estilos, adaptar em seu timbre de voz e fazer da festa a maior diversão possível.
O Clube Sertanejo, localizado na av. do Turismo, e o Lappa Bar, localizado no Vieralves, dispõem de lista vip nas redes sociais para os seus frequentadores e somente para maiores de 18 anos. Maiores informações: 98218-1599. 

Pagode e cerveja gelada no Pagode do Coronel nesta sexta

O “Pagode do Coronel” promove mais uma pagodeira e reúne os amantes do bom samba. Dessa vez, inicia a semana com o melhor do pagode e, é claro, sem gastar muito. Nesta sexta (15), uma das casas mais movimentadas do Centro, abre suas portas a partir das 21h e a cerveja custa apenas R$ 4. 
Amizade do Samba é uma das atrações da noite
Foto: Divivulgação
 Para animar no palco, o Pagode do Coronel irá receber Lucinho do Samba e Amizade do Samba. As atrações, já conhecidas pelos frequentadores da casa, assumem o compromisso em tocar os sucessos mais apreciados pelos amantes do ritmo. Entre os sucessos que compõem o set list, estão músicas de: Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Fundo de Quintal. Revelação e muitos outros 

Mulheres não pagam até às 22h. Após esse horário, os ingressos custam R$15, preço único. Os ingressos homens custam R$ 15. Mais informações: 99165-3111. 

JUÍZ DE BRIGA DE GALO

Por josé MARCELINO RIBEIRO

Era uma sexta-feira do mês de Dezembro, ano 2009; o dia, não me lembro.
Noite chuvosa, o fervilhar de carros cada vez mais recrudescia no entorno do aeroporto dos Guararapes, em Recife, capital do frevo e maracatu. Esperava ansioso o voo da TAM, procedente de Manaus, no qual vinham minha filha Caroline e o meu neto Nathan Gabriel .
Contava as horas para que a aeronave aterrissasse em solo recifense, a fim de conhecer o meu primeiro neto.
Como é do meu estilo gosto sempre de estar nos meus compromissos horas antes do esperado, dessa vez, atrasei-me e não encontrei lugar pra estacionar o Carro.  Apesar denão ser muito paciente, me pus a procurar, dando inúmeras voltas ao redor do aeroporto, e aí surge uma vaguinha, daquelas personalizadas, e eu mais que depressa, o coloquei lá.
Mal desliguei a chave da ignição e quando já ia fechando a porta do “pé de borracha,” surge um guarda de trânsito, físico avantajado, barrigudo, tez morena, aparentando uns 50 anos,   portando uma tremenda PT 40 do lado direito da cintura, que me abordou num tom arrogante e de intimidação:
-A sua habilitação, disse o tira. Automaticamente pus a mão no bolso e a mostrei.
– O senhor não sabe que esse lugar é da imprensa, inclusive está demarcado, e quem sempre estaciona aqui é o Datena?
-Sim, mas esse lugar é comum a todos que são jornalistas, e nesse perfil me enquadro, pois também o sou, e mostrei-lhe a minha carteira profissional, ao que ele retrucou:
-Mas não pode é reservado ao Datena, insistiu.
Pra não alongar o papo com o guarda, que estava se tornando acirrado, resolvi tirar o carro do local em discussão e não desisti de procurar outro ponto que pudesse estacionar. Parti pra nova empreitada. E num revezamento de carros do estacionamento, depois de seguidas voltas no entorno do aeroporto, achei outra vaga, cuja nome estava demarcado no chão, em letras vermelhas: Juíz.
Repentinamente coloquei o carro no lugar demarcado; de pronto veio outro guarda e sapecou:
-Esse lugar é de juiz.
-Sim, e daí, respondi.
Só que dessa vez o guarda não me pediu nenhuma identificação. Fechei a porta do carro e pensei com meus botões: seja lá o que vier, e subi mais que celeremente pro saguão do desembarque, afinal era a hora da chegada da aeronave.
O voo atrasou, e pra compensar as horas de espera resolvi tomar umas “cevas” na parte de cima do aeroporto e deixar o tempo passar.
Passaram-se quase 3 horas e nada do avião chegar. Nesse ínterim olho de soslaio e vejo o tal guarda, que já havia terminado o horário de trabalho e já estava à paisana; quando me avistou, foi logo gritando:
-Tomando uma cervejinha, hein doutor? Ao que retruquei:
– Quer molhar o bico?
-Vou aceitar, tou de folga mesmo. E tome “ceva”.
Lá pelas tantas, chegou o voo qu’eu estava esperando e encerrando a conta, perguntei:
-Mais alguma coisa, cabo?
-Não, mas tenho uma  curiosidade a ser desvendada.
-Qual é? Se puder respondo-lhe, argumentei.
– O senhor é juiz de que mesmo, doutor ?
Retruquei num tom rápido, pois o desembarque  já tava terminando, e precisava dar assistência a minha filha e a meu neto.
-Cabo, sou juiz de briga de galo.
Ele me fitou de cima a baixo, meio desconfiado, como quem diz: esse é mais um picareta que conheci.
Não se conteve, porém, e arrematou:
É, não deixa de ser um juiz, né?

Cumprimentamo-nos com se fôssemos amigos de longas datas e nunca mais nos vimos

quinta-feira, 14 de julho de 2016

O Medo e a Falta.



Você me faz medo,
mas você me faz falta.

A diferença entre o medo e a falta
é que o medo você sabe quando tem,
e na falta você sente que não tem.

A falta, com o medo, sobressalta.
Entre o medo que você me traz
e a falta que você me faz,

você é o medo que me falta.
Ronaldo Cunha Lima

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Mais de 80 são multados no AM após Lei do Farol Baixo entrar em vigor

12/07/2016 07h45 - Atualizado em 12/07/2016 07h45


Dado foi divulgado pela PRF; infrações ocorreram na BR-174 e BR-319.
Descumprimento gera multa; lei passou a vigorar na sexta-feira (8).

Do G1 AM

Entra em vigor lei que determina uso de farol baixo durante o dia em rodovias (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)
Lei que determina uso de farol baixo durante o dia em rodovias registrou 84 infrações no AM (Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre)

Desde que passou a vigorar em todo o Brasil, na sexta-feira (8), a Lei do Farol Baixo registrou cerca de 84 multas na BR-174 e BR-319 no Amazonas. Os números equivalem às irregularidades flagradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) até a manhã da segunda (11).
Em Manaus, as AMs 010 e 070 cortam a cidade em alguns trechos, e pela lei, os veículos que passarem por elas precisam estar com o farol baixo. O descumprimento será considerado infração média, com multa de R$ 85,13 e quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
De acordo com o diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), Leonel Feitoza, o órgão estuda a melhor forma de verificar o cumprimento da Lei e em que vias ela será cobrada.

De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a medida é válida para qualquer tipo de rodovia, incluindo as que passam por trechos urbanos e também em túneis com iluminação pública.
A Lei

O projeto de lei foi proposto pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR), e relatado por José Medeiros (PSD-MT) no Senado. O parlamentar considerou que a imposição pode melhorar a segurança nas estradas.
Até então, o uso de farol só era exigido para todos os veículos durante a noite e em túneis, independentemente do horário do dia. Para as motocicletas, o uso das luzes já era obrigatório durante o dia e a noite
.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Presidente da CCJ confirma votação do caso Cunha para tarde desta terça


Pelo horário, deputados terão menos tempo para discussão e votação.
Com isso, discussão de parecer pode ficar para depois do recesso.

Gustavo GarciaDo G1, em Brasília

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Osmar Serraglio (PMDB-PR), informou nesta segunda-feira (11) que a sessão do colegiado destinada à análise do parecer de um recurso do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra a cassação do seu mandato vai continuar no horário marcado, às 14h30 desta terça (12).
Deputados adversários de Eduardo Cunha coletaram 24 assinaturas para antecipar a sessão para o período da manhã, às 10h. O requerimento tinha como objetivo viabilizar a discussão e a votação do parecer de Ronaldo Fonseca. Como muitos deputados estão inscritos para debater o relatório, os opositores de Cunha acreditam que não haverá tempo para votar o recurso com o início da sessão no período da tarde.
 

marcada para segunda-feira, mas foi adiada. É lamentável, constrangedor”, afirmou Molon.

Parecer
Na quarta-feira passada, Fonseca leu o seu parecer, que defende que a votação no Conselho de Ética seja anulada por considerar que houve um erro no procedimento. A discussão e votação do parecer, porém, foram adiadas porque foi concedido pedido de vista de dois dias úteis para que os deputados pudessem analisar o seu voto.
Com isso, a sessão foi adiada para segunda-feira, mas, após a renúncia de Cunha, Serraglio adiou a análise do parecer para terça-feira à tarde.

No início da sessão marcada para esta terça, Fonseca deverá ler um complemento ao seu voto em resposta a pedido feito por Cunha para que o processo do peemedebista volte ao Conselho de Ética.
Horas após renunciar à presidência da Câmara na semana passada, Cunha apresentou aditamentocom pedido de revisão do processo que o investigou, sob o argumento de que agora não é mais presidente. Fonseca, no entanto, negou esse pedido.
Assim que o relator terminar a leitura, será dada a palavra à defesa de Cunha, que terá o mesmo tempo total usado pelo relator. Na semana passada, a leitura do voto dele levou 2h19. A esse tempo serão somados os minutos que ele levará para ler o complemento do seu voto.
Em seguida, discursarão os deputados inscritos. Membros da CCJ terão 15 minutos e não-membros, 10 minutos.
Também haverá tempo para os líderes partidários se manifestarem – o tempo varia de 3 a 10 minutos de acordo com o tamanho da bancada. Em seguida, o relator poderá fazer uma réplica por 20 minutos e a defesa poderá falar mais uma vez por 20 minutos. O passo seguinte é a votação, que acontece por meio do painel eletrônico.
No recurso apresentado à CCJ, Cunha questiona diversos pontos que considera erros de procedimento na tramitação do processo que o investigou no Conselho de Ética. Ele responde por, supostamente, ter ocultado contas bancárias no exterior e ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras.
Ele nega as acusações e afirma ser beneficiário de fundos geridos por trustes (empresas jurídicas que administram recursos).