domingo, 9 de novembro de 2014

Quatro motivos pelos quais Lula atua como coordenador político do governo

Sem ele, Dilma não conseguirá governar.


Gabriel Garcia


Falta de habilidade política de Dilma

A presidente Dilma Rousseff nunca foi uma política habilidosa. Trata os aliados com costumeira grosseria, o que provoca diversas reações. O ex-presidente Lula, por outro lado, procura escutar os aliados, ainda que não atenda a todos os seus pedidos. Dilma, muitas vezes, nem os recebe. É uma reclamação generalizada entre os deputados e senadores da base de apoio do governo no Congresso.

Fortalecimento da oposição

Apesar da derrota do senador Aécio Neves (PSDB), a oposição foi reforçada com a eleição de Tasso Jereissati (PSDB-CE), José Serra (PSDB-SP), Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) para o Senado, além do próprio Aécio, Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Alvaro Dias (PSDB-PR). Em termos de qualidade, uma bancada de dar inveja. Sem ele em campo será praticamente impossível garantir a governabilidade de Dilma.

Desidratação nas urnas

A base de apoio do governo saiu das urnas menor. O Partido dos Trabalhadores pagou caro pelo desgaste dos 12 anos no governo. A bancada caiu de 88 deputados eleitos em 2010 para 70. Foi a maior perda. Para piorar, a fragmentação partidária dificulta a tentativa de diálogo. Na Câmara, fala-se em formação de um bloco com mais de 150 deputados da base, que não aceitariam as propostas do governo sem negociá-las. Lula é visto com bons olhos pelos deputados. Dilma? Não.

Eleições de 2018

Lula movimenta-se para voltar em 2018. Só o fará se a economia estiver em boa situação, o que não ocorre atualmente. Acontece que o mercado financeiro tinha confiança na política econômica adotada no governo dele. Em relação à Dilma, chovem críticas sobre o seu estilo centralizador. Lula foi ortodoxo na condução da economia. Dilma pensa diferente dele. E age diferente. 
Dilma e Lula, conversa ao pé do ouvido (Foto: Arquivo Google)
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário