segunda-feira, 27 de julho de 2015

SOU O PAI DA MINHA MÃE

 Marcelino Ribeiro

Na vida não se pode prever nada,
Hoje, amanhã, poderá ser uma jornada,
De enigmas indecifráveis, afinal.
Embora me encontre
Distante, materialmente,
Aos 85 anos, a minha mãe,
No meu mundo é presente,
Como uma espécie de guia espiritual.
É bom zelar por quem tanto se doou a mim,
Porque a natureza enigmática, compõe,
Deu-me a inversão das coisas e propõe,
No frescor da minha existência material,
O prazer indelével de cuidar bem da minha mãe.
E, quando saio de Manaus e vou a sua casa,
Todo o meu EU se enche de alegria plena,
É como se acertasse no bolão da mega-sena.

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