quinta-feira, 9 de julho de 2015

Juiz da Lava-Jato defende permanência de presidente da Odebrecht na prisão

Sérgio Moro fala sobre o poder de gestão sobre duas empresas e na falta de acordo de leniência


Cleide Carvalho, O Globo

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, afirmou em ofício encaminhado ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, no qual defende a manutenção da prisão preventiva do empresário Marcelo Odebrecht, que os indícios de pagamento de propina pela Construtora Norberto Odebrecht e pela Braskem, duas das empresas do Grupo, remetem à responsabilidade de "alguém com poder de gestão sobre as duas". Na avaliação de Moro, se não concordasse com os crimes, a Odebrecht poderia ter buscado acordo de leniência.
"Se o paciente não concordasse com os crimes, seria de se esperar a apuração interna dos fatos, a demissão dos subordinados e busca de acordos de leniência", afirmou Moro em seu ofício.
Marcelo Odebrecht, presidente da empresa, ao ser preso: Odebrecht diz que contratos são transparentes (Foto: Geraldo Bubniak)

Marcelo Odebrecht teve prisão preventiva decretada por Moro e foi preso no dia 19 de junho. Desde então, está na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Por enquanto, apenas a Construtora Norberto Odebrecht é alvo de inquérito na Operação Lava-Jato. O nome da Braskem, empresa controlada pelo Grupo, do setor petroquímico, surgiu no cabeçalho de um comprovante de transferência apresentado pelo delator Rafael Ângulo, funcionário do doleiro .


Nenhum comentário:

Postar um comentário