segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A lágrima

A solidão magoa e contamina
a escuridão da noite a sua frente. 
Não há mais tempo. A espera, simplesmente, 
chega ao final, com o tempo que termina .

Amou demais. Amar foi a sua sina.
Foi entrega total e onipresente.
do amor lhe falta a chama feminina 
Doou-se e doeu, pois de repente,


negando ao corpo abraços de acalanto,
fingindo aos beijos, quando o amor foi tanto, 
legando ao sonho a dúvida abissal!

Como um vulcão em cota expele o magma
aos seus olhos o pranto leva a lágrima 
até chegar a boca, feito sal. 

RONALDO CUNHA LIMA, poeta, escritor e ex- governador da Paraíba


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