terça-feira, 17 de março de 2015

Esse Eduardo Cunha é muito folgado

Ricardo Noblat

Em meio à confusão que inaugura seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff assistiu em silêncio à demissão do coordenador político do governo, o deputado Pepe Vargas (PMDB-RS), ministro das Relações Institucionais.
(Pode chamá-lo de Pepe Legal, aquele personagem simpático e atrapalhado de uma série de televisão dos anos 70 do século passado.)
Quem demitiu Pepe foi Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados. Eduardo derrotou Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato do PT a presidente da Câmara, e, de cambulhada, Pepe e quem mais apareceu na sua frente.
Em sucessivas entrevistas nos últimos 10 dias, Eduardo destila seu mau humor com Pepe, a quem acusa de ter jogado sujo para eleger Chinaglia. E avisou aos interessados: com Pepe não tem diálogo. Não tem mesmo.
Como poderá se manter no cargo um ministro incompatibilizado com o presidente da Câmara, o terceiro na linha de sucessão direta do presidente da República?
Esperem para ver.
Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

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