O governo Dilma Rousseff ficará marcado por quatro anos de inflação acima de 5% e crescimento médio beirando os 3%.
O governo, desde que o Presidente Lula decidiu que elegeria sua candidata a qualquer preço, abandonou a meta de inflação e o Banco Central deixou de mirar o centro da meta para trabalhar, a peso de maquiagens, o altíssimo teto da banda (6,5%).
A Presidente Dilma, aliás, tem falado muito em juros “europeus” para o Brasil, esquecida de que a inflação é “sul-americana” mesmo. Na Europa, o centro da meta é 2%. Aqui, a gastança e o populismo não permitem que se pense em taxa anual abaixo de 5%.
Todos sabemos que uma economia, no quadro atual, que passe vários anos sob inflação acima de 5%, dá no que já está dando: greves espalhadas pelo Brasil, refletindo justas reivindicações dos trabalhadores para recompor as perdas impostas pela carestia.
Em 15 meses, o governo Dilma acumula inflação, medida pelo IPCA, acima de 8%. Só neste ano, raspa os 2%.
Escrevi, há alguns meses, aqui mesmo neste Blog, que a diretoria do Banco Central tinha sido aparelhada pelo PT. Afirmei que, agora sim, esse partido estreava no comando da economia: protecionismo; BNDES privilegiando, discricionariamente, seus “campeões”, retomada de ideias errôneas do topo “um pouquinho a mais de inflação não faz mal”.
Arthur Neto é Diplomata e ex-senador pelo Amazonas
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