É impressionante que alguns países sul-americanos enveredem cada vez mais por um caminho que, longe de os fazer avançar, os leva na direção oposta, rumo a um pântano em que muitos já atolaram.
Na América do Sul, há grupos indo em duas direções: uns progridem melhorando suas credenciais democráticas e aperfeiçoando a economia de mercado; outros embrulham em novos slogans a velha ideia nacionalista/populista de que a solução é estatizar empresas.
Não surpreende que sejam estes os que mais maltratam a democracia.
O fundador do atual ciclo nacional/estatizante foi o coronel Hugo Chávez, da Venezuela, que imaginou transformar sua nação num obstáculo ao “avanço do império” (os EUA) na América do Sul e reunir em torno de si uma constelação de países com o mesmo credo numa associação, a Aliança Bolivariana da América (Alba), capaz de rivalizar com a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
Exageros caudilhescos à parte, os EUA não levaram a Alca à frente, por relutância do Brasil/Argentina, e a Alba ficou apenas como símbolo do grupo dissonante.
Aliado de Chávez, Evo Morales, primeiro indígena a governar a Bolívia, aproveitou a data cheia de simbolismo do Primeiro de Maio para nacionalizar a Rede Elétrica Espanhola (REE), dona da Transportadora de Eletricidade (TDE), que atende a 85% do mercado boliviano. |
Já é uma tradição: há seis anos, anunciou a estatização de toda a cadeia de petróleo e gás, inclusive dos ativos da Petrobras. Desde então, a cada Dia do Trabalho, Morales providencia novas encampações.
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