sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

PSDB pede a TSE cassação de Dilma e posse de Aécio como presidente

Partido diz que campanhas do PT foram pagas com dinheiro de corrupção.

Por isso, segundo tucanos, eleição da presidente não teve legitimidade.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

O PSDB protocolou nesta quinta-feira (18) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedido para cassar o registro de candidatura da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, e determinar que o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que ficou em segundo lugar nas eleições, assuma a Presidência da República.
A ação foi protocolada no dia em que Dilma foi diplomada pela Justiça Eleitoral, requisito para  assumir o mandato em 1º de janeiro de 2015.
 
Sem citar o pedido do partido, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, afirmou, em discurso na cerimônia de diplomação, que "não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral".
"As eleições de 2014, para o Poder Judiciário, são uma página virada. Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral [vaias e aplausos]. Que especuladores se calem. Já conversei com a corte e esta a posição, inclusive do nosso corregedor-geral eleitoral, com quem conversei, e de toda a composição. Não há espaço para, repito, terceiro turno que possa cassar o voto destes 54.501.118 eleitores", afirmou Toffoli.
O advogado do PSDB, Eduardo Alckmin, afirmou ao G1 acreditar que Toffoli não estava se referindo à representação do partido quando declarou que "não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral". "Acredito que ele não estava se referindo à nossa ação. Até porque, se ele fala isso [sobre a ação], ele tem que se tornar impedido, terá julgado um processo sem ver", disse. O advogado destacou ainda que a representação terá que ser analisada pelo plenário do TSE.
Após a cerimônia de diplomação, o advogado Flávio Caetano, coordenador jurídico da campanha de Dilma, disse que a ação do PSDB não traz preocupação. “Tudo ação requentada, não tem nada de fato novo. E o presidente [do TSE, Dias Toffoli] deixou bem claro que não tem terceiro turno, a Justiça não é feita para aventuras, certo? Isso aí é aventura”, afirmou ao G1.
Argumentos
O principal argumento utilizado pelo PSDB para pedir a declaração de inelegibilidade de Dilma é o de que campanhas do PT teriam sido financiadas com dinheiro de corrupção, o que tornaria a eleição de Dilma “ilegítima”.

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