Como o petrolão pode afetar a eleição do novo presidente da Câmara
Arlindo Chinaglia, Júlio Delgado e Eduardo Cunha disputarão o comando da Casa em um período de tempestade no Congresso
O próximo presidente da Câmara dos Deputados, que será eleito no dia 2
de fevereiro, deverá ter pela frente um dos mandatos mais conturbados e
importantes da história brasileira.
No momento em que o país começa a saber os nomes de políticos acusados
de receberem dinheiro do propinoduto que assaltou a Petrobras, três
deputados reeleitos já estão em intensa articulação para ocupar a
cadeira: Arlindo Chinaglia (PT-SP), Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Júlio
Delgado (PSB-MG).
Pelas mãos do futuro presidente da Câmara passarão decisões importantes
para as investigações do petrolão e a punição de deputados que andaram
fora da linha como a abertura de processos de cassação de mandatos e uma
nova CPIs (comissões parlamentares de inquéritos). O cargo também é
decisivo na distribuição de relatorias de projetos importantes para o
governo.
Com a memória do mensalão ainda viva, o Palácio do Planalto tem
especial interesse – e preocupação – com o futuro comandante da Câmara
já que personagens influentes do PT aparecem no rol dos beneficiários do
megaesquema de corrupção: a senadora Gleisi Hoffmann (PR), o líder do
PT no Senado, Humberto Costa (PE), o senador Lindbergh Farias (RJ), o
ex-ministro da Casa Civil nos governos de Lula e Dilma Rousseff Antônio
Palocci e o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
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