Jornal Da Imprensa
Foto: Hannibal Hanschke / Reuters |
Cinco empresas multinacionais e uma brasileira, todas investigadas
por participação no esquema de cartel que operou entre 1998 e 2008
(governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin) nos
trens de São Paulo, tiveram suas contas bloqueadas pela Justiça Federal.
O valor, que ultrapassa R$ 614 milhões, será usado para eventual
ressarcimento das vítimas de danos causados pelo esquema. As informações
são do Estado de S. Paulo.
De acordo com o jornal, a ação aconteceu nas contas das companhias
Mitsui, Bombardier, CAF, Siemens, Alstom, TTrans e no consórcio ADTRANZ.
O sequestro recebeu manifestação favorável do Ministério Público
Federal e atende pedido da Polícia Federal que, na semana passada,
concluiu o inquérito e indiciou 33 investigados.
Entre eles estão executivos das multinacionais, lobistas e também o
presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário
Bandeira, e o diretor de Operações da estatal, José Luiz Lavorente. A
parte da investigação em que são mencionados políticos com foro
privilegiado está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os alvos foram indiciados por corrupção passiva, formação de cartel,
corrupção ativa, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e crime
licitatório.
Procurada pelo jornal, a Siemens alegou que deu início às
investigações e “sempre desejou e apoiou o total esclarecimento deste
episódio”. A Mitsui & Co (Brasil) declarou que “não comentará o
fato, já que a ação é parte de uma investigação em andamento sob segredo
de justiça”. Já a Alstom afirmou que “entrará com as medidas cabíveis
legais para reverter a situação”. As outras empresas envolvidas não
foram localziadas.
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