POLIANTÉIA EM MEMÓRIA DE
HELIODORO BALBI
Durante a Febre
Heliodoro Balbi
Morrer! E ser lançado
ao mar, no mar do Oriente...
No teu dorso senil,
ondas do mar Vermelho!
E no deflúvio real do
teu líquido espêlho
Ir a Morte arrastando
o meu corpo inda quente...
Meu loiro sonho!
minha pobre alma! meu velho
Tronco! A flutuarem
dentro os juncais da corrente...
E debater-me em vão!
Como em vão, loucamente,
No aranhól se debate
um áureo escaravelho!
No alto do céu
radioso o ocaso dos Oceanos...
Meu sangue a jorrar
pondo vermelhas estrias
Na garganta de luz
dos esqualos e goelanos...
E eu só! e eu mudo! a
rodopiar em caracóes!
Tendo, através as
rubras órbitas vazias.
A ilusão imortal de
um combate de sóes...
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