Li, em O Globo, matéria de Maria Lima dando conta de que a articuladora política de Dilma, Ideli Salvati, estaria com medo de possíveis futuras declarações do ex-dirigente do DNIT, Antonio Pagot.
A ministra teria ficado alarmada com o sentimento do senador Blairo Maggi, chefe de Pagot, de que este seria um “fio desencapado”.
Qual a razão do receio? A dificuldade de explicar a relação de mancebia entre os mais de nove anos de petismo e a empresa Delta Construções?
A preocupação com a intensa e extensa ligação do empreiteiro Cavendish com o governador Sergio Cabral, fragilizando, ainda mais, a coalizão congressual do PT com o PMDB?
Temor de retornarem à ribalta temas constrangedores que foram, a muito custo, sufocados pela maioria governista na CPI dos Bingos, que o Senado patrocinou na era Lula?
A lembrança de que Cachoeira subornava Waldomiro Diniz, que trabalhara na Casa Civil sob José Dirceu e, depois, passara a dirigir a empresa de loterias do Rio de Janeiro?
O escândalo, mostrado em horário nobre, do contraventor comprando a boa vontade de dirigente tão “ilustre”?
O pavor de que Pagot possa relatar, com detalhes, ordens dos altos escalões palacianos para beneficiar a Delta?
Ou,quem sabe, medo, pavor, horror, fobia, receio de todos esses fatores reunidos?
Que governo é esse que se curva diante de alguém com fama de “fio desencapado”? Bate o pé e a república do rabo preso se acocora? Segredos comprometedores? Consciência culpada? Reconhecimento de que a bravata irresponsável de Lula é tiro a sair pela culatra?
Arthur Virgílio é Diplomata
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