HELIODORO BALBI,
filho de Nicoláo Balbi, natural de Manaus, nascido em 16 de Fevereiro de 1876.
Fez o curso de humanidades, na sua cidade natal e na capital de Pernambuco,
onde, após curso brilhantíssimo, se bacharelou em Direito, tendo sido escolhido
orador de sua turma. O discurso, que então proferiu e que se acha impresso, é
documento literário impecável pela forma e pela eloquência. Seu nome ficou
aureolado, no Recife, entre os mais lídimos talentos da Academia. Fez, alí,
muitas publicações nos jornais, entre outras, apreciadas poesias.
Regressando ao Amazonas, prestou
concurso para a cadeira de Literatura do Ginásio Amazonense, obtendo o primeiro
lugar. Foi nomeado e prestou compromisso, repartindo sua atividade pelo
jornalismo, advocacia e magistério. Não foi feliz na política. Seu temperamento
de combatente que não admitia tergiversações, privou-o de ser reconhecido
deputado federal, cujo direito defendeu pessoalmente, por duas vezes, no Rio de
Janeiro, perante a respectiva Câmara. Seu nome não deixava de ser sufragado nos
comício eleitorais da terra amazonense; tudo, porém, sem resultado. Nunca
deixou de combater a anarquia administrativa, que viu minar o Amazonas.
HELIODORO
BALBI, desenganado da luta partidária, retirou-se para o Acre, a serviço de
advocacia. Lá, travou polêmica, na imprensa local, contra os dominadores, em
cujas lides faleceu a 26 de Novembro de 1919, nunca desmentido a nobreza de seu
caráter nem a tradição intelectual dos Balbi, de Ragusa (Itália), de que
descendia.
(EXTRAÍDO DA COROGRAFIA DO ESTADO DO
AMAZONAS)
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