quarta-feira, 25 de abril de 2012

FINANCIAMENTO PRIVADO DE CAMPANHA POLÍTICA!


Carlos Costa é escritor e jornalista
O financiamento privado de campanhas políticas, um dos vários focos de corrupção, é um grande problema no Brasil porque quem financia candidato, sempre o faz pensando no que poderá receber depois em termos de verbas parlamentares, contratos e licitações públicas, ou seja, financia pensando no que poderá lucrar depois.
 Empresário não é ingênuo e não investirá milhões em campanha se não tiver certeza absoluta de que depois poderá recuperar seu “investimento”;ou seja, o que “gastou”, mesmo que para isso seja preciso pagar propina, corromper e praticar atos ilícitos, mesmo que o faça só para cumprir “a ética do mercado”, como se pronunciara recentemente a representante de uma empresa flagrada com a “boca na botija” - como se costuma dizer nesses casos. Essa hipocrisia de financiamento privado de campanha política deve acabar para que se possa falar em democracia plena, porque não existe democracia onde há interesse econômico por trás!
 Mas, só isso não será o suficiente, pois a mudança também deverá vir acompanhada de uma profunda reforma no judiciário, costumes,  ética, moral, enfim, em toda uma série de normas enraizadas na sociedade atual para que venha a a democracia venha a se consolidar definitivamente no Brasil.
 Enquanto a presidente Dilma Rousseff atinge índices  impressionantes de popularidade, não se envolvendo em corrupções explicitas, o Brasil está afundando em atos corruptos na administração pública que podem findar atingindo-a também. Espero que isso não venha a ocorrer!
 O Governo de Dilma ainda está coerente, tomando decisões sérias contra os atos de corrupção, mas precisa patrocinar mudanças profundas nas reformas política, jurídica, administrativa, social, moral e ética no conjunto da população, e não será com medidas pontuais e direcionadas que isso virá a acontecer.
 Esses setores estão um caos, não por falta de verbas, mas pelas práticas corruptas porque as desviam para outros fins, geralmente para os bolsos de empresários desonestos que patrocinaram as campanhas políticas.
 Temos que acabar com esse conluio imoral de empresários X políticos que, após financiamento parlamentar em nome de uma “democracia” que se torna corrupta e corruptora ao mesmo tempo, transformando-se em “democracia de fachada”, de “faz de conta” voltam para “cobrar” com juros e correção monetária seus “investimentos”.
 Já tomaram conhecimento de qualquer escândalo que, quando descoberto, não estivesse algum empresário “bonzinho” por trás, querendo lucrar o seu, com o argumento de que financiara alguma campanha política, em quaisquer dos níveis e, agora, só quer recuperar o que investira na campanha?
 Se existir algum samaritano nesse mar de podridão por onde Deus jamais andaria sem ser atingido, quero tomar conhecimento! Mas, enquanto isso, a presidente Dilma alcança elevada popularidade em pesquisas, até agora porque também ainda não passou por onde Jesus não passaria, ou seja, nada existe de qualquer suspeita que a Presidente tenha se beneficiado com dos atos de corrupção até o momento, cometidos por quem quer que seja. Mas não sei até quando!!! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário