quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

CIDADE RESSALTA A CRIAÇÃO DE SERINGUEIRAS NO ESTADO DE SÃO PAULO E DEFENDE O MANEJO SUSTENTÁVEL NO AMAZONAS


Em seu pronunciamento à tribuna, o presidente da Comissão de Agricultura e Pesca da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), o deputado Orlando Cidade (PTN), falou sobre a ocupação de seringueiras em áreas de gado no Estado de São Paulo. Segundo o parlamentar, a área plantada com seringueiras no Estado cresceu 81% entre 2010 e 2011, segundo dados do IBGE e até 2020 está previsto a ampliação da área plantada no Estado para 250 mil hectares.
Cidade afirmou que 2011, a produção brasileira de borracha natural ficou em 138 mil toneladas, bem abaixo do consumo interno de 406 mil toneladas.
O deputado contou que leu, no jornal A Folha de São Paulo do dia 11 de fevereiro, notícia que considerou da maior importância para todos os amazonenses, dando conta de que a presidenta Dilma Roussef (PT) assinou decreto destinando 1,1 milhão de hectares da floresta nacional para a extração de madeira, pela iniciativa privada. No entanto, nenhuma dessas áreas está localizada no Amazonas. “O Governo Federal continua tratando o Amazonas “como um filho bastardo”, mantendo-o “engessado” para não usufruir dos seus recursos naturais”, ressaltou.
Orlando Cidade afirmou que das cinco grandes áreas que serão exploradas por grandes madeireiras durante 40 anos, quatro estão no Pará e uma em Rondônia.

Manejo Sustentável

Segundo ele, “o engessamento do Governo Federal para com o Amazonas está prejudicando bastante a economia regional, não permitindo que o nosso Estado sobreviva e desenvolva seu pólo madeireiro de forma sustentável e racional”. O deputado ressaltou que durante o período de extração, as empresas poderão extrair madeiras, mas deverão cuidar da preservação ambiental.
Ele credita à Lei Ambiental os prejuízos causados ao Amazonas nos últimos dez anos, não deixando que nenhuma espécie de madeira fosse extraída da floresta amazonense, nem ao menos para a construção de casas populares para os menos favorecidos.
“O grande disparate dessa situação foi a construção, em Manacapuru, de 2,5 mil casas populares, sem que nenhuma tábua, fosse extraída daquela região. Toda a madeira veio do Pará, de Rondônia e Roraima”, disparou Cidade, ao criticar o Governo Federal “por todos os males que estão acometendo o produtor amazonense”.
Em aparte, os deputados Sinésio Campos (PT), Abdala Fraxe (PTN), Belarmino Lins (PMDB) e Luiz Castro (PPS) se solidarizam a Orlando Cidade, afirmando que o Governo Federal não pode, de forma alguma, impedir que o Amazonas cresça e avance em direção ao progresso, extraindo a madeira que existe nessas florestas de forma sustentável.

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