Quem seria capaz de suportar
a vida atribulada e repartida
do político que vive na avenida
e do poeta que frequenta um bar.
Quem seria capaz de relevar ,
uma ou outra falta cometida
e quem em três casas divididas
deixaria cada coisa em seu lugar?
Quem participaria, uma por uma,
de todas minhas lutas e vitórias,
sem exigir compensação alguma?
Quem é escrava, podendo ser rainha?
No mundo não existem duas glórias:
apenas uma. E a que existe é minha.
RONALDO CUNHA LIMA, poeta e ex-governador da Paraíba
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