Sem ele, Dilma não conseguirá governar.
Gabriel Garcia
Falta de habilidade política de Dilma
A presidente Dilma Rousseff nunca foi uma política habilidosa. Trata os
aliados com costumeira grosseria, o que provoca diversas reações. O
ex-presidente Lula, por outro lado, procura escutar os aliados, ainda
que não atenda a todos os seus pedidos. Dilma, muitas vezes, nem os
recebe. É uma reclamação generalizada entre os deputados e senadores da
base de apoio do governo no Congresso.
Fortalecimento da oposição
Apesar da derrota do senador Aécio Neves (PSDB), a oposição foi
reforçada com a eleição de Tasso Jereissati (PSDB-CE), José Serra
(PSDB-SP), Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) para o
Senado, além do próprio Aécio, Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Alvaro Dias
(PSDB-PR). Em termos de qualidade, uma bancada de dar inveja. Sem ele em
campo será praticamente impossível garantir a governabilidade de Dilma.
Desidratação nas urnas
A base de apoio do governo saiu das urnas menor. O Partido dos
Trabalhadores pagou caro pelo desgaste dos 12 anos no governo. A bancada
caiu de 88 deputados eleitos em 2010 para 70. Foi a maior perda. Para
piorar, a fragmentação partidária dificulta a tentativa de diálogo. Na
Câmara, fala-se em formação de um bloco com mais de 150 deputados da
base, que não aceitariam as propostas do governo sem negociá-las. Lula é
visto com bons olhos pelos deputados. Dilma? Não.
Eleições de 2018
Lula movimenta-se para voltar em 2018. Só o fará se a economia estiver
em boa situação, o que não ocorre atualmente. Acontece que o mercado
financeiro tinha confiança na política econômica adotada no governo
dele. Em relação à Dilma, chovem críticas sobre o seu estilo
centralizador. Lula foi ortodoxo na condução da economia. Dilma pensa
diferente dele. E age diferente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário