Agência Brasil
Após o encontro, Moan indicou que o ministro, em nenhum momento,
sinalizou prorrogar a permanência do imposto reduzido para carros.
Anteriormente, outros integrantes da equipe econômica já tinham
antecipado que o IPI voltaria em 2015 com as alíquotas cheias.
Moan disse que a elevação do IPI a partir de 1º de janeiro é uma
decisão do governo e não uma suposta manobra das montadoras para
melhorar a venda de automóveis no fim do ano. "É uma decisão que está
tomada. Vamos continuar trabalhando [com um cenário de elevação do IPI]
na produção, nas promoções e vendas", disse o executivo.
Com a elevação, segundo Moan, o carro popular irá subir de 3% para 7%; o
carro médio de 9% para 11%, quando flex, e para 13% quando só a
gasolina. A decisão de repassar ou não as alíquotas integralmente para
os preços, segundo ele, dependerá de cada empresa. Moan não quis
antecipar o impacto do reajuste nos preços.
Moan sugeriu que a elevação do IPI não acarretará demissões no setor.
"A indústria automobilística tem seus trabalhadores em um nível muito
qualificado, o que significa crescimento e treinamento fortes. Então, a
indústria sempre evitou fazer uma redução do pessoal em função
justamente desse investimento que foi feito. Vamos lutar para continuar o
máximo possível produzindo e vendendo", ponderou.
No último dia 11, Moan anunciou que estava otimista em relação ao
segundo semestre do setor em comparação ao primeiro. Ele tem dito que os
meses de novembro e dezembro serão melhores do que a média dos meses de
junho a outubro.
O executivo da Anfavea tinha demonstrado, até então, certo pessimismo
em relação a 2015 devido ao impacto do retorno do IPI a patamares
vigentes antes da crise.
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