domingo, 30 de novembro de 2014

Diretório Nacional do PT aprova expulsão de envolvidos em esquemas de corrupção

Política BR


FORTALEZA - O diretório nacional do PT aprovou, neste sábado, documento em que diz que qualquer filiado envolvido comprovadamente em escândalos de corrupção será expulso. O texto não prevê em que momento isso deve acontecer. A versão original estabelecia que a expulsão seria imediata, mas essa palavra foi retirada da versão aprovada.

“Manifestamos a disposição firme e inabalável de apoiar o combate à corrupção. Qualquer filiado que tiver, de forma comprovada, participado de corrupção, deve ser expulso”, diz trecho.

O documento foi proposto pela Mensagem, uma das mais importantes correntes internas do PT, na sexta, e aprovado por consenso pelo diretório. A primeira versão falava em expulsão imediata. No entanto, segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a ideia central permanece, mas antes das expulsão, todos terão direito à defesa.

— Se há algum envolvimento, quero saber se as denúncias são comprovadas ou não. Todos têm direito a defesa e contraditório. Reafirmo que se alguém estiver envolvido, não ficará no PT — afirmou o dirigente.

Ainda no documento, o PT diz "exigir" que as investigações relacionadas à Operação Lava-Jato sejam conduzidas dentro dos marcos legais "e não se prestem a ser instrumentalizadas, de forma fraudulenta, por objetivos partidários".

— É inaceitável que a palavra dos delatores, inclusive já condenados outras vezes, seja aceita como verdadeira sem prova documental. A liberdade de expressão não pode ser confundida com o exercício interessado na calúnia e difamação. Todo acusado, seja de qual partido for, deve ter o direito a defesa e de ser julgado com o devido processo legal — relata outro trecho.

Rui Falcão disse ter ido duas vezes ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir ao ministro relator da Lava-Jato, Teori Zavaski, acesso aos autos do processo no que se refere ao PT. Segundo Rui, ele ficou de analisar o pedido, mas ainda não emitiu resposta. O dirigente afirmou que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, tem sido vítima de ataques infundados e de forma sistemática.

— Ele reafirmou (durante a reunião de sexta) publicamente sua inocência, que todos nós já acreditávamos, condenando os ataques infundados que tem sido feitos a ele de forma sistemática — reforça Rui Falcão.

sábado, 29 de novembro de 2014

Lava Jato: Negromonte diz que levava envelopes para Youssef

Agência Brasil

Ele também afirmou que não sabia o conteúdo dos envelopes e que nunca esteve na seda da Petrobras

Adarico Negromonte Filho foi solto no começo da noite de sexta-feira após decisão judicial
Foto: Vagner Rosario / Futura Press
Adarico Negromonte Filho admitiu à Polícia Federal que trabalhava para o doleiro Alberto Youssef e que apenas carregava envelopes lacrados, mas nunca soube o que havia dentro deles, segundo informações da Jornal da Globo. O irmão de Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades, estava preso na sede da Polícia Federal em Curitiba e foi solto no começo da noite de sexta-feira após decisão judicial.
Negromonte foi preso na última segunda-feira, na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga, entre outros crimes, desvios de dinheiro da Petrobras e pagamentos de propinas a agentes públicos por parte de empresas que tinham contratos com a petroleira.
Ele é apontado como responsável por levar dinheiro de propina recolhido por Youssef aos representantes de partidos políticos e agentes públicos.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Pelé piora e é transferido a unidade de cuidados especiais

Terra



Foto: Stuart Franklin - FIFA / Getty Images

O estado de saúde da lenda do futebol brasileiro Pelé, 74 anos, piorou nesta quinta-feira, e ele foi transferido para uma unidade de cuidados especiais. As informações são do hospital Albert Einstein, onde o Atleta do Século foi internado na segunda-feira devido a uma infecção urinária.

"Edson Arantes do Nascimento (Pelé) segue internado com instabilidade clínica. Para receber os melhores cuidados, foi transferido para ser monitorado em uma unidade de cuidados especiais", informou um comunicado do hospital paulista.

O ídolo brasileiro deu entrada no Albert Einstein pela segunda vez neste mês na última segunda. Exames de rotina diagnosticaram uma infecção urinária, e Pelé passou a ser tratado com antibióticos até que o quadro clínico se estabilizasse.
O ex-jogador já havia dado um susto nos fãs no último dia 13, quando precisou passar por cirurgia para a retirada de cálculos renais que estavam obstruindo o fluxo urinário. Passado o procedimento, Pelé recuperou-se prontamente, mas acabou voltando ao hospital nesta semana

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Criança de 3 anos mata mãe enquanto brincava com arma encontrada em sofá


Coorreio da Bahia

Americana Christa Engels, de 26 anos, trocava a fralda da filha recém-nascida quando foi baleada

Uma americana foi baleada na cabeça por seu filho de três anos, que estaria brincando com uma arma encontrada no sofá de sua casa, em Tulsa, Estados Unidos. Christa Engles, de 26 anos, estava trocando a fralda de sua filha recém-nascida, quando foi atingida, nesta terça-feira (25).
Foto: Reprodução/The Mirror

A arma estava carregada em cima do móvel. O marido da vítima, que trabalha como caminhoneiro, estava na estrada quando aconteceu o incidente. Ele ficou sabendo que a esposa morreu no hospital quando retornou para casa, no mesmo dia.
A polícia encontrou diversas outras armas em cômodos da residência após uma revista.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Deputados articulam aumento de salário no Congresso e no Executivo

O Estado de S. Paulo

Projeto em elaboração prevê elevação de 26% no contracheque de senadores, deputados, presidente e ministros

Dida Sampaio/Estadão
Parlamentares pretendem reajustar seus próprios salários para R$ 33 mil
Brasília - Os parlamentares querem elevar a partir de janeiro seus próprios salários, além dos vencimentos da presidente Dilma Rousseff, do seu vice, Michel Temer, e dos 39 ministros. A previsão é de reajuste de R$ 26.723 para R$ 33.769. O aumento tem como base o acumulado dos últimos quatro anos do índice oficial de inflação (IPCA), que segundo os técnicos é de 26,33%.
Os congressistas, além dos salários, têm direito a apartamento funcional ou auxílio-moradia de R$ 3.800 e verba indenizatória de até R$ 41 mil para deputados e R$ 44,2 mil para senadores.
O mais recente aumento dado aos congressistas e aos integrantes do Executivo federal ocorreu em dezembro de 2010.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), admite a elaboração do projeto. "Tem que ter o aumento. Em toda a legislatura que se encerra, você tem que aprovar o aumento para o próximo ano. Isso é constitucional. O último aumento foi há quatro anos."
O artigo da Constituição citado por Alves é o 49, que trata das competências do Congresso. O texto prevê a fixação de subsídios idênticos para deputados federais, senadores, presidente e vice-presidente da República. No entanto, não há obrigatoriedade de se fazer reajustes no fim de cada legislatura.
Efeitos. Um novo projeto de decreto legislativo com a previsão do reajuste deve ser colocado em pauta nos próximos dias. Se aprovado, poderá ter efeito cascata nos Legislativos de todo o País, uma vez que a Constituição prevê que os deputados estaduais podem receber até 75% do recebido pelos federais.
"Estou apenas esperando a costura com o Executivo e com o Judiciário para fazer em conjunto a votação. Quero fazer uma coisa combinada", disse Alves. Além da Câmara, a proposta precisa passar pelo Senado. A pressa dos congressistas se deve ao fato de que o reajuste precisa ser inserido no projeto de Lei Orçamentária de 2015, que deverá ser votado antes do recesso, marcado para 22 de dezembro.
O impacto estimado aos cofres públicos só com o aumento para os deputados é de R$ 82 milhões em 2015. Nos dois anos subsequentes, o valor é de R$ 78 milhões. A diferença ocorre porque os 513 deputados federais têm direito no primeiro ano ao chamado 14.º e 15.º salários, usados como "benefício" para a mudança para a capital federal.
Para concretizar o aumento, os parlamentares terão antes de aprovar um aumento para os ministros do Supremo Tribunal Federal, valor que define o teto constitucional dos salários dos servidores, hoje fixado em R$ 29,4 mil. Um projeto do Judiciário em tramitação prevê elevação para R$ 35.9 mil.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Polícia na Espanha prende 4 padres suspeitos de participação em rede de abuso sexual

Membros do clã ‘Os Romanones’ são acusados de exploração de menores. Papa Francisco pede perdão a um jovem
O Globo

A polícia espanhola prendeu quatro padres suspeitos de envolvimento em uma rede de abusos sexuais descoberta em Granada. Entre os detidos estão o padre Román, de 61 anos, dirigente do clã de padres ultraconservadores ‘Os Romanones’, já denunciado neste escândalo sexual; Manuel Morales, que nos últimos anos substituiu Román à frente do clã; e Francisco Javier Montes. As informações foram divulgadas pelo ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz.
Segundo o jornal "El Mundo", as prisões foram ordenadas pelo juiz Antonio Moreno Marín, titular do Juizado de Instrução número 4 de Granada, que investiga as denúncias de supostos abusos. A ordem judicial teve início com uma denúncia feita em outubro, de supostos abusos sofridos por um jovem de 24 anos, quando ainda era menor de idade.


Arcebispo de Granada pede perdão  (Foto: Reprodução)
Arcebispo de Granada pede perdão (Imagem: Reprodução)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

TEMPOS DE MENINOS
(Comparados aos de hoje)

Aqueles pulos que eu dava
com meu cavalo de pau
com rédeas feitas de trapos 
de corda de caroá
transformaram-se em sopapos 
que a vida agora me dá.

O jogo de barra-a-barra
com bola feito de meia
e. jogado frente a frente
nem se parece com o jogo 
da maldade que enlameia,
fazendo bola da gente.

E a pedrada que levei
de um primo certa vez, 
atirada sem querer?
Diferente das pedradas
que hoje me são jogadas
para ferir e doer.

RONALDO CUNHA LIMA, poeta e ex-governador da Paraíba

Dilma foi avisada de esquema na Petrobras, diz revista

VEJA

"Veja" afirma que Dilma recebeu e-mail de Paulo Roberto Costa em 2009, quando era ministra da Casa Civil de Lula

Segundo a revista,  o aviso teria sido feito em 2009 quando Dilma era ministra
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

A edição da revista Veja que chegou neste sábado às bancas traz reportagem de capa que afirma que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi avisada sobre irregularidades em contratos da Petrobras. De acordo com a publicação, o aviso teria sido feito em 2009 – quando Dilma era ministra da Casa Civil do governo Lula – por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal, que foi preso pela Operação Lava Jato e cumpre prisão domiciliar.

“Foi com a atenção aguçada de quem cuida dos próprios interesses e dos seus sócios que, em 29 de setembro de 2009, Paulo Roberto Costa decidiu agir para impedir que secassem as principais fontes de dinheiro do esquema que ele comandava na Petrobras. Costa sentou-se diante de seu computador no 19º andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, abriu o programa de e-mail e pôs-se a compor uma mensagem que começava assim: ‘Senhora ministra Dilma Vana Rousseff...’”, diz o texto.
 
De acordo com a Veja, as mensagens foram encontradas pela Polícia Federal em computadores do Palácio do Planalto. A versão online da reportagem não reproduz outros trechos do e-mail, mas afirma que a intenção da mensagem era advertir o Planalto de que, “por ter encontrado irregularidades pelo terceiro ano consecutivo”, o Tribunal de Contas da União (TCU) havia recomendado ao Congresso Nacional a paralisação de três obras da Petrobras: construção e modernização das refinarias Abreu e Lima (PE) e Getúlio Vargas (PR) e do terminal do porto de Barra do Riacho (ES).


“Assim, como quem não quer nada, mas querendo, Paulo Roberto Costa, na mensagem à senhora ministra Dilma Vana Rousseff, lembra que no ano de 2007 houve solução política para contornar as decisões do TCU e da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional”, diz a reportagem.

A revista afirma ainda que o envio do e-mail caracteriza-se como “atitude inusitada” e “ousadia” de Costa, já que não é comum que diretores de estatais entrem em contato direto com a chefe da Casa Civil. A reportagem diz, ainda, que Costa era conhecido como “controlador

domingo, 23 de novembro de 2014

Líder do PT no Senado embolsou R$ 1 milhão, diz ex-diretor da Petrobras

Humberto Costa (PT-PE), ex-ministro de Lula, teria usado verba do propinoduto para sua campanha ao Congresso Nacional, em 2010
Veja

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa acusou o líder do PT no Senado, Humberto Costa, de ter recebido 1 milhão de reais do esquema de propinas pagas por empreiteiras a partir de contratos da estatal.
A acusação foi feita no âmbito da delação premiada, a que Paulo Roberto Costa aderiu. Segundo o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, que cumpre pena domicilar em seu apartamento no Rio, o petista teria utilzado o dinheiro em sua campanha ao Congresso Nacional, em 2010.
O nome do ex-ministro da Saúde do governo Lula se junta assim ao de outros políticos apontados por Paulo Roberto Costa como beneficiários do esquema, como o da ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que teria recebido 1 milhão de reais em um shopping center, por meio de intermediários, e os do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, e do ex-senador do PSDB Sérgio Guerra, ambos já mortos. A denúncia está na edição deste domingo do jornal O Estado de São Paulo.

Senador Humberto Costa  (Foto: Antonio Cruz / ABr)
Senador Humberto Costa (Imagem: Antonio Cruz / ABr)

Não é possível dar privilégios só a homossexuais', diz relator do Estatuto da Família


PROS
Para Fonseca, a visão do STF de que casais homossexuais são uma família é equívocada
O deputado federal Ronaldo Fonseca (PROS-DF) é o relator do comitê que analisa no Congresso o polêmico Estatuto da Família, que define "família" no país como união entre homem e mulher e é visto por ativistas LGBT como discriminatório.
Em seu perfil no Twitter, ele se identifica como advogado, presidente de seu partido no Distrito Federal, presidente da Assembleia de Deus de Taguatinga e coordenador da bancada da Assembleia de Deus na Câmara.
O parlamentar, que cumpre seu primeiro mandato na Câmara, foi eleito relator pelos 24 deputados da comissão que analisa o projeto de lei que institui o Estatuto da Família. Ele redige o parecer final que será submetido à votação dentro da própria comissão.

Para Fonseca, a visão do STF de que casais homossexuais são uma família é equívocada
O deputado federal Ronaldo Fonseca (PROS-DF) é o relator do comitê que analisa no Congresso o polêmico Estatuto da Família, que define "família" no país como união entre homem e mulher e é visto por ativistas LGBT como discriminatório.
Em seu perfil no Twitter, ele se identifica como advogado, presidente de seu partido no Distrito Federal, presidente da Assembleia de Deus de Taguatinga e coordenador da bancada da Assembleia de Deus na Câmara.
O parlamentar, que cumpre seu primeiro mandato na Câmara, foi eleito relator pelos 24 deputados da comissão que analisa o projeto de lei que institui o Estatuto da Família. Ele redige o parecer final que será submetido à votação dentro da própria comissão.

sábado, 22 de novembro de 2014

Empresa atingida pela Lava Lato ameaça demitir mil operários sem pagar

 O Estado de S.Paulo.

Iesa Óleo e Gás, cujo presidente foi preso, quer demitir todos os trabalhadores de unidade do RS, sem conceder direitos trabalhistas

Plataforma da IESA (Foto: Divulgação)
A esperança dos mais de mil funcionários da Iesa Óleo e Gás, instalada em Charqueadas, no Rio Grande do Sul, está em um decreto da prefeitura da cidade e numa ação trabalhista movida pelo Ministério Público do Trabalho. Atingida pela operação Lava Jato, a empresa ameaça demitir todos os trabalhadores, sem nenhum pagamento.

Ontem o Ministério Público do Trabalho entrou com uma ação na Vara do Trabalho de São Jerônimo (RS) para impedir as demissões. Já o prefeito da cidade na região carbonífera gaúcha, a 59 km de Porto Alegre, deve decretar estado de calamidade. O objetivo é ter condições de atender aos trabalhadores que começarão a ser demitidos na segunda-feira e, segundo o sindicato da categoria, não terão seus direitos trabalhistas quitados pela companhia.

+ Confira os presos e procurados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato

"A empresa diz que vai pagar (os direitos trabalhistas). Mas ela conta com uma verba de um termo aditivo do contrato que tinha com a Petrobrás. No ano passado, uma empresa também contava com um termo aditivo (para quitar suas dívidas com os trabalhadores), mas não pagou até hoje. Achamos que a Petrobrás não vai bancar esse termo", avalia um dos diretores do Sindicato dos Metalúrgicos de Charqueadas, Luis Gustavo Wolff.

+ Presidentes da Camargo Correa, Queiróz, UTC, IESA têm prisão decretada

"É complicado. A gente está sem pagamento, e não sei se terei indenização. Está difícil. Fiz algumas entrevistas, tenho currículo, mas a maior parte (dos entrevistadores) diz que é só para janeiro", comenta Furtunato Carvalho dos Santos, 36 anos. Contratado pela Iesa em 2013 como encarregado de montagem mecânica, ele liderava uma das 55 equipes de trabalhadores da fábrica. Pai de uma menina de 7 anos, ele é um exemplo do caos que deve se instalar na cidade de Charqueadas na próxima semana.

"Estamos parados há quase 60 dias, depois de 30 dias de férias coletivas. Eu sou da cidade, mas tenho colegas da Bahia e de São Paulo que vivem aqui de aluguel e chegaram apenas com a passagem. Agora estão passando necessidade." Segundo ele, a média salarial dos operários era de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil.

No vermelho
A Iesa, pertencente ao grupo Inepar, construiu uma unidade no município para montar módulos de plataformas de petróleo, conforme contrato de US$ 800 milhões com a Petrobrás. Abalada por uma crise financeira, acabou vendo os repasses da estatal serem bloqueados. Desde o início do ano, seus funcionários vinham paralisando o trabalho, intercalando com férias coletivas dadas pela empresa, que teimava em assinalar que sairia do vermelho. Mas a gota d'água surgiu na semana passada, com a operação Lava Jato, que prendeu altos executivos da Iesa Óleo & Gás.

"A Iesa começou a decair pouco antes do Natal de 2013. Paralisamos em fevereiro e abril por falta de pagamento. Eles alegavam que era problema na logística de pagamento, mas na realidade sabíamos que o problema todo estava na falência do grupo Inepar", comenta Santos. Nesta semana, a Petrobras rescindiu contrato com a empresa, que anunciou o fechamento da fábrica e a demissão de mais de mil operários.

Ontem representantes dos trabalhadores da região estiveram reunidos com o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Durante o encontro, foi definida a criação de equipes que vão acompanhar e acelerar procedimentos para resolver o problema causado pelas demissões.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Pensamento da sexta-feira

Escândalo da Petrobras: ou Dilma foi conivente ou foi incompetente...


(Ricardo Noblat)

Diante do petrolão, mensalão seria julgado em ‘pequenas causas’

Para ministro Gilmar Mendes, valores desviados no esquema da Petrobras 'são de outra galáxia' se comparados ao mensalão
Veja

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira que o grande volume de recursos movimentados no esquema de desvios e fraudes em contratos da Petrobras coloca o escândalo político “em outra galáxia” e leva o julgamento do mensalão, o maior escândalo já analisado pela Suprema Corte, a um “juizado de pequenas causas”.
A Polícia Federal estima que o petrolão tenha lavado cerca de 10 bilhões de reais nos últimos anos. O mensalão, por sua vez, sangrou os cofres de instituições públicas e privadas em cerca de 173 milhões de reais.
“No caso do mensalão, falávamos que estávamos julgando o maior caso de corrupção investigado e identificado. Agora, a Ação Penal 470 teria que ser julgada em juizado de pequenas causas pelo volume que está sendo revelado nesta questão”, afirmou o magistrado.
Mendes fez coro à avaliação de investigadores de que os valores desviados no petrolão podem ser muito maiores do que os previstos inicialmente.

Ministro Gilmar Mendes  (Foto: STF)
Ministro Gilmar Mendes (Imagem: STF)

 

IPI para automóveis sobe em 1º de janeiro

Agência Brasil
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis será elevado a partir de 1º de janeiro, segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan. Ele  esteve reunido, em Brasília, com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O governo reduziu o IPI em maio de 2012 para a ajudar a manter a economia aquecida.
Após o encontro, Moan indicou que o ministro, em nenhum momento, sinalizou prorrogar a permanência do imposto reduzido para carros. Anteriormente, outros integrantes da equipe econômica já tinham antecipado que o IPI voltaria em 2015 com as alíquotas cheias.
Moan disse que a elevação do IPI a partir de 1º de janeiro é uma decisão do governo e não uma suposta manobra das montadoras para melhorar a venda de automóveis no fim do ano. "É uma decisão que está tomada. Vamos continuar trabalhando [com um cenário de elevação do IPI] na produção, nas promoções e vendas", disse o executivo.
Com a elevação, segundo Moan, o carro popular irá subir de 3% para 7%; o carro médio de 9% para 11%, quando flex, e para 13% quando só a gasolina. A decisão de repassar ou não as alíquotas integralmente para os preços, segundo ele, dependerá de cada empresa. Moan não quis antecipar o impacto do reajuste nos preços.
Moan sugeriu que a elevação do IPI não acarretará demissões no setor. "A indústria automobilística tem seus trabalhadores em um nível muito qualificado, o que significa crescimento e treinamento fortes. Então, a indústria sempre evitou fazer uma redução do pessoal em função justamente desse investimento que foi feito. Vamos lutar para continuar o máximo possível produzindo e vendendo", ponderou.
No último dia 11, Moan anunciou que estava otimista em relação ao segundo semestre do setor em comparação ao primeiro. Ele tem dito que os meses de novembro e dezembro serão melhores do que a média dos meses de junho a outubro.
O executivo da Anfavea tinha demonstrado, até então, certo pessimismo em relação a 2015 devido ao impacto do retorno do IPI a patamares vigentes antes da crise.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Lava-Jato: Justiça encontra contas bancárias de empreiteiros zeradas

Primeiros levantamentos em dois bancos mostram que seis executivos acusados na Lava-Jato não têm saldo
O Globo

As primeiras varreduras feitas para o bloqueio de até R$ 720 milhões de dirigentes de empresas presos na Operação Lava-Jato mostram que as contas bancárias dos investigados podem ter sido esvaziadas antes da determinação da Justiça Federal.
O Banco Itaú informou, em ofício encaminhado à Justiça Federal, que não havia valores a serem bloqueados nas contas de Walmir Pinheiro Santana (UTC Participações S.A.), Valdir Lima Carreiro (presidente da Iesa Óleo e Gás) e do lobista Fernando Soares.

Morre o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos em São Paulo

Criminalista estava internado no hospital Sírio Libanês para tratar de problemas no pulmão

Reuters
SÃO PAULO  - O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos morreu na manhã desta quinta-feira em São Paulo, confirmou à Reuters a assessoria de imprensa do hospital Sírio Libanês, sem dar mais detalhes.
Boletim médico publicado no site do hospital no último dia 18 informava que ele estava internado em tratamento de problemas no pulmão.
Advogado criminalista, Thomaz Bastos tinha 79 anos e havia sido ministro da Justiça durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e durante três meses do segundo, entre 2003 e 2007.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Executivo da Mendes Júnior diz ter pago R$ 8 milhões a esquema da Petrobras


Sérgio Mendes, preso desde sexta-feira, declarou à Polícia Federal que pagou R$ 8 milhões para Paulo Roberto Costa e doleiro Alberto Youssef
Estadão

Dois executivos de construtoras presos sob suspeita de integrar um esquema de corrupção em contratos com a Petrobrás afirmaram em depoimentos à Polícia Federal que pagaram propina aos ex-diretores da estatal Renato Duque (Serviços) e Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e ao doleiro Alberto Youssef, alvos da Operação Lava Jato.
A suspeita dos investigadores, reforçada pelos depoimentos dos empreiteiros presos e detalhada nos depoimentos de delação premiada de Costa e Youssef, é de que os desvios tinham como destino o caixa 2 de partidos da base de governo, especialmente PT, PMDB e PP, e também da oposição, como o PSDB.
Para os investigadores da Lava Jato, o depoimento mais contundente dos prestados pelos executivos de empresas é o do vice-presidente executivo da Mendes Júnior, Sérgio Mendes. Ele disse que pagou R$ 8 milhões em quatro parcelas, entre julho e setembro de 2011, após, segundo ele, sofrer extorsão para que não houvesse rompimento do contrato da obra da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná.
 
Sergio Cunha Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior  (Foto: Valor)


 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Há 80 milhões de bactérias num beijo



 El País
Um grupo de investigadores holandeses quis saber qual a relação existente entre os beijos e as bactérias da cavidade bucal, uma vez que no contacto boca a boca, o intercâmbio salivar proporciona (também) a partilha de bactérias.
Selecionaram 21 pares (homossexuais e heterossexuais), recolheram amostras da língua e saliva de cada um dos elementos e pediram a um de cada par que comesse um iogurte probiótico, que contém grande quantidade de determinadas bactérias (Streptococcus, Lactobacillus, etc.).
Após um beijo prolongado entre os respetivos pares, os investigadores recolheram novas amostras e concluíram que, em média, cerca de 80 milhões de bactérias passam de uma boca para a outra num beijo de dez segundos, segundo noticia o "El Pais".
Num corpo humano adulto podem existir cerca de 100 mil milhões de bactérias de 2000 espécies diferentes. A maioria estão no estômago e intestinos, mas a maior diversidade está na cavidade bucal - são 700 "famílias" de bactérias a viver na boca.
"A saliva é um ambiente muito dinâmico", sublinha Remco Kort, microbiólogo da TNO (organização holandesa de apoio à investigação) e principal autor do estudo. "Por estarmos constantemente a engolir, apenas podemos identificar similaridades" entre indivíduos, explicou.
Remco Kort diz que seria necessário acompanhar os participantes do estudo vários anos para determinar a verdadeira influência dos beijos nas bactérias existentes na boca, uma vez que, há "fatores importantes" a ter em conta, como seguir um regime alimentar semelhante ou usar a mesma pasta de dentes.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Desça do palanque, Dilma!

A presidente perdeu uma rara oportunidade de ficar calada.
Ricardo Noblat

Na Austrália, do outro lado do mundo, sob o efeito do fuso horário, talvez, como se ainda estivesse em cima de um palanque, certamente, a presidente Dilma Rousseff concedeu sua primeira entrevista coletiva sobre o arrastão de donos e executivos de empreiteiras que marcou na semana passada mais uma etapa das investigações sobre a roubalheira na Petrobras. Perdeu uma rara oportunidade de ficar calada.
Dilma foi vítima da síndrome do terceiro turno que não acomete apenas a oposição. Disse um monte de bobagens, invenções e falsas verdades para uma plateia de jornalistas que se deu por feliz em anotar o que ouviu.
E assim procedeu como se ignorasse que o distinto público conhece cada vez melhor os vícios e espertezas dos seus representantes. Vai ver que ela ignora mesmo.
Vamos ao que disse.
Teve o atrevimento de afirmar de cara lavada que “pela primeira vez na História do Brasil” um governo investiga a corrupção. E não satisfeita, culpou governos passados pela corrupção que acontece hoje na Petrobras.
Stop!
O governo dela não investiga coisa alguma. Polícia Federal e Ministério Público investigam. Os dois são órgãos do Estado, não do governo.
Corrupção existe em toda parte e o tempo inteiro. Mas enquanto não se descobrir que houve corrupção na Petrobras em governos anteriores aos do PT, vale o que está sendo escancarado pelas investigações: o PT privatizou, sim, a Petrobras. Apropriou-se, sim, dela.
Corrompeu-a, sim. E usou-a, sim, para corromper. Depois de Lula, Dilma é a figura mais importante da Era PT.
Adiante.
Para Dilma, o escândalo cuja paternidade ela atribui a outros governos e cuja decifração reivindica para o seu, “poderá mudar o país para sempre. Em que sentido? No sentido de que vai acabar com a impunidade”.
Stop!
Sinto muito, Dilma, mas o escândalo que poderá mudar o país para sempre, e que acabou com a impunidade, foi o do mensalão. Quer tirar de Lula a primazia?
Dizer que “essa questão da Petrobras “já tem um certo tempo” e que “nada disso é tão estranho para nós” é uma revelação digna de nota.
Primeiro porque o governo dela se comportou como se nada soubesse quando estourou o escândalo. Segundo por que o máximo que ela insinuou a respeito foi que havia demitido Paulo Roberto Costa, ex-diretor da empresa, réu confesso.
Ora, ora, ora.
“Paulinho”, como Lula o chamava, saiu da Petrobras coberto de elogios pelo Conselho de Administração da empresa presidido por Dilma até ela se eleger presidente da República.
Foi um dos 400 convidados de Dilma para o casamento da filha dela. E ao depor na CPI da Petrobras, contou com a proteção da tropa do governo. Dilma nada fez para que não fosse assim.
Adiante, pois.
O escândalo da Petrobras não dará ensejo à revisão dos contratos do governo com as principais empreiteiras do país, avisou Dilma. Muito menos a uma devassa na Petrobras.
“Não dá para demonizar todas as empreiteiras. São grandes empresas”, observou Dilma. “E se A, B ou C praticaram malfeitos, atos de corrupção, pagarão por isso”.
Stop!
Quer dizer: mesmo que reste provado que as nove maiores empreiteiras do país corromperam e se deixaram corromper, os contratos que elas têm com o governo fora da Petrobras não serão revistos.
Não parece razoável que empresas envolvidas com corrupção num determinado lugar possam ter se envolvido com corrupção em outros?
Por fim: se a Petrobras não pede uma devassa é só porque Dilma prefere que seja assim. 
Dilma Rousseff (Foto: André Coelho / Agência O Globo)
Dilma Rousseff (Imagem: André Coelho / Agência O Globo)
 

domingo, 16 de novembro de 2014

Dilma diz que investigação na Petrobras pode mudar o País


Agência Estado



A presidente Dilma Rousseff acredita que a investigação dos casos de corrupção na Petrobras pode mudar o Brasil "para sempre". A afirmação foi feita em entrevista na Austrália na tarde deste domingo (madrugada no Brasil) antes de deixar a reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20. "Eu acho que isso pode, de fato, mudar o País para sempre".
Na entrevista antes do retorno ao Brasil, Dilma disse que o escândalo na maior empresa brasileira mudará o País porque mostra que não existe impunidade e há condenação entre os corruptos e também entre corruptores. "Pode mudar o País no sentido de que vai se acabar com a impunidade. Essa é, para mim, a característica principal dessa investigação. É mostrar que ela não é algo 'engavetável'", disse Dilma. "Isso eu acho que mudará para sempre as relações entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e as empresas privadas".

A presidente repetiu diversas vezes que o escândalo que culminou na nova rodada de prisões pela operação Polícia Federal na operação Lava Jato é "diferente" de casos anteriores. "Eu acredito que a grande diferença dessa questão é o fato de ela estar sendo colocada à luz do sol. Por quê? Porque esse não é, eu tenho certeza disso, o primeiro escândalo. Agora, ele é o primeiro escândalo investigado. O que é diferente", disse. "O fato de nós estarmos com isso de forma absolutamente aberta sendo investigado é um diferencial imenso", reforçou.

Cautela. Apesar de reconhecer o alcance histórico dos desdobramentos do caso, Dilma afirmou aos jornalistas que é preciso ter "cuidado". "A gente tem de ter cuidado porque nem todas as investigações podem ser dadas como concluídas. Então, não pode sair por aí já condenando A, B, C ou D", disse.

A presidente da República disse ainda que a estatal petrolífera "não tem o monopólio da corrupção". Dilma lembrou especificamente de um dos maiores casos de corrupção da história corporativa mundial: o da norte-americana Enron - empresa que apresentou receitas infladas no balanço e que chegou a ser a sétima maior companhia dos Estados Unidos.

sábado, 15 de novembro de 2014

Polícia Federal começa a ouvir executivos presos na Lava Jato



Ao todo, 20 pessoas estão presas na Superintendência da PF em Curitiba.
Presos são suspeitos de celebrar contratos fraudulentos com a Petrobras.

G1 Pr.
O ex-diretor de serviço da Petrobras, Renato Duque chega a sede da Polícia Federal no Rio (Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo)

Os presos da sétima fase da Operação Lava Jato começam a prestar depoimento neste sábado (15) na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba. Um avião, com 16 suspeitos, deixou o Rio de Janeiro e chegou à capital paranaense por volta das 4h20. Além destes, também prestarão informações quatro investigados que se entregaram voluntariamente à polícia na noite de sexta-feira (14). Todos são ligados ao alto escalão de  empreiteiras que possuem contratos com a Petrobras. Outros cinco investigados ainda são procurados.

A sétima fase da Operação Lava Jato – que investiga um esquema de lavagem e desvio de dinheiro na ordem de R$ 10 bilhões –, deflagrada na sexta-feira (14), teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras, que apenas com a Petrobras têm contratos que somam R$ 59 bilhões. Boa parte destes contratos estão sob avaliação da Receita Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal.Ao todo, foram expedidos cumpridos 85 mandados em cidades do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Paraná, responsável pelas investigações.


Segundo a Polícia Federal, as apreensões, diligências, quebras de sigilo e depoimentos – colhidos durante toda a Operação Lava Jato – produziram um material robusto que prova o envolvimento de nove empreiteiras com formação de cartel e desvio de recursos para corrupção de entes públicos.
Os presos não estão em celas separadas. De acordo com a Polícia Federal, eles foram divididos de maneira confortável pela carceragem. Entre os detidos está o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que foi indicado pelo PT para o cargo. Ele foi detido em casa, no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Duque é o segundo diretor da estatal preso em diligências da Operação Lava Jato. O primeiro foi Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino e Abastecimento.
Os quatro investigados que se entregaram diretamente da superintendência da Polícia Federal em Curitiba são Valdir Lima Carreira, da Iesa, Sérgio Cunha Mendes, da Mendes Júnior, Newton Prado Jr, da Engevix, José Aldemário Pinheiro Filho, da OAS. Assim como os demais, eles ficaram detidos.

Ainda há cinco mandados de prisão em aberto, por isso, aqueles investigados que ainda não foram encontrados tiveram os nomes registrados no sistema da Polícia Federal e estão impedidos de deixar o país. Os nomes dos investigados com mandado de prisão preventiva também foram incluídos na lista de alerta vermelho da Interpol.