terça-feira, 29 de julho de 2014

"SOU O PAI DA MINHA MÃE"


Na vida não se pode prever nada,
Hoje, amanhã, poderá ser uma jornada,
De enigmas indecifráveis, afinal.

Embora me encontre
Distante, materialmente,
Aos 85 anos, a minha mãe,
No meu mundo é presente,
Como uma espécie de guia espiritual.


É bom zelar por quem tanto se doou a mim,
Porque a natureza enigmática, compõe,
Deu-me a inversão das coisas e propõe,
No frescor da minha existência material,
O prazer indelével de cuidar bem da minha mãe.

                            
E, quando saio de Manaus e vou a sua casa,
Todo o meu EU se enche de alegria plena,
É como se acertasse no bolão da mega-sena.

Marcelino Ribeiro é jornalista e autor de Um Bacurau do Poder- 

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