Roberta Pennafort
Numa
entrevista recente, João Ubaldo Ribeiro disse não temer a velhice,
tampouco a morte. “Quem não morre fica velho. Depois de certa idade,
esse negócio de mortalidade fica complicado”, justificou, com a leveza e
a graça características. Um dos grandes romancistas brasileiros vivos,
com alta produtividade como cronista e um novo livro a caminho, ele
morreu ontem, aos 73 anos, de embolia pulmonar, em casa, no Leblon.
Ubaldo
acordou por volta das 3 horas, sentindo-se mal, e chamou pela mulher, a
psicanalista Berenice Batella. Chegou a ser atendido por paramédicos,
que tentaram reanimá-lo, mas não houve tempo para mais nada. O corpo foi
velado ontem, durante todo o dia, por parentes e amigos na Academia
Brasileira de Letras (ABL), da qual era membro havia 20 anos. Será
enterrado hoje, de manhã, no mausoléu da academia, no cemitério São João
Batista.
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