sábado, 3 de dezembro de 2011

NÃO DESEJAREI FELIZ NATAL A NINGUÉM!



Carlos Costa é jornalista e escritor
 Comecei a receber parabenizações de Natal e de Ano Novo pela internet. Agradecerei a todas elas. Mas, de novo, como no ano passado, não desejarei Feliz Natal a nenhum de meus amigos. Desejar-lhes-ei apenas muita saúde, paz, sabedoria para compreenderem que o mundo não se resume só a dinheiro!


Coisas mais importantes do que o monetário, também existem outras coisas mais! Consideração, respeito, cidadania, direitos e deveres são fundamentais também são parte da felicidade plena. A materialidade, a ganância, a guerra por espaços, a luta entre ciência e religião desaparecem e todos ficam bons e cordiais. E depois? Começa tudo de novo!

Não se vive só com o dinheiro. Ele não compra felicidade – ajuda a comprar coisas materiais que produzem sentimentos de felicidade momentânea, imediatas,  mas a verdadeira felicidade reside em se fazer o que é prazeiroso para o espírito. A verdadeira felicidade mora na casa ao lado, na do vizinho e só percebemos que a tinhamos, quando a perdemos também porque ela partiu, nos abandonou e nem se despediu!

Casamentos em dificuldades, temos muitos! Mas viver em harmonia perfeita também não existe. A verdadeira felicidade está nas discordâncias, nas brigas, nos xingamentos, nos ciúmes também. A verdadeira felicidade está onde queremos que ela esteja!

Mas temos a mania horrível de desejar felicidades a todos nessa época de irmandade. Farei ao contrário. Não desejarei felicidades a ninguém! Não por que meus amigos não a mereçam: merecem até mais do que isso.

Merecem um Brasil mais humano, solidário, com menos impostos sobre todos os produtos; um Brasil com mais justiça social, com menos egoismo, menos desigualdades entre ricos e pobres. Mais respeito, mais cidadania, mais educação é o que faltam para termos um verdadeira felicidade para o Brasil!

Que tenhamos, portanto, um 2012 sem esses problemas que nos afligem todos os dias: o impostômetro, o IR, a desigualdade social, a desigualdade de raças, as cotas que desagregam e geram intolerâncias, enfim. A possibilidade de se andar de mãos dadas sem agressões físicas ou espancamentos promovidos pelos intolerantes.

Só desejarei saúde e muita saúde aos meus verdadeiros amigos para que eles, tendo-as, suportem-me por mais um ano, com minhas chatices, lutas sociais e leitura de minhas crônicas até quando eu viver!

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