terça-feira, 27 de dezembro de 2011

CRISTINA KIRCHNER DIRIGE ARGENTINA COM MÃO DE FERRO

Jaime Rosemberg, 

Lei de terras. Novo estatuto do trabalhador rural. Ofensiva contra a Papel Prensa. Prorrogação da emergência econômica. Orçamento de 2012. Lei antiterrorista.
Nunca o vendaval havia sido tão forte e veloz, com tantas questões tratadas e aprovadas quase num suspiro, sem tempo para o debate profundo dentro ou fora do Parlamento.
Constitucionalistas, especialistas e ex-legisladores de distintos partidos políticos concordam: a bateria de projetos legislativos enviados no dia 12 de dezembro pela presidente Cristina Kirchner (foto) ao Congresso e transformados em lei em apenas 11 dias representa um recorde para a democracia recuperada em 1983 — não somente pela quantidade (12 no total), mas também pela magnitude dos temas tratados e pelo tempo de aprovação.
A presidente, de fato, foi desta vez contra seus próprios antecedentes, já que em seus quatro anos de mandato não tinha utilizado sessões extraordinárias para tratar de temas conflituosos, segundo um recente informe da fundação Diretório Legislativo.
— Sempre que contam com maiorias esmagadoras, os governos tratam de aproveitar e aprovar temas prioritários. Está dentro dos usos e costumes da política, embora haja projetos que mereceriam um debate maior — afirmou Eduardo Macaluse, que foi deputado entre 1999 e 10 de dezembro passado.

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