Médicos julgavam que o norte-americano Sam Schmid tinha morte cerebral. Aparelhos que o mantinham vivo seriam desligados caso ele não acordasse.
Após o acidente, os ferimentos do jovem eram tão graves que o hospital em Tucson, a cidade onde ocorreu o acidente, não tinha condições de tratá-los. Transferido para a capital do estado, Phoenix, Schmid passou por uma cirurgia para cuidar de um aneurisma -- uma dilatação na parede das artérias do cérebro -- que poderia matá-lo. Ele ainda teve a mão esquerda e dois fêmures quebrados. A batida ainda deixou um amigo e colega de quarto morto.
Enquanto os médicos discutiam o delicado tema da doação de órgãos com a família, Schmid mexeu dois dedos. Agora, ele já consegue caminhar com ajuda de um andador e sua voz, apesar de lerda, melhora a cada dia. A equipe que cuida do norte-americano crê que ele terá uma recuperação completa.
Ao falar pela primeira vez após o acidente, Schmid diz não se lembrar da batida e afirma somente se lembrar do momento em que "acordou" no hospital. O jovem universitário agora espera poder passar o Natal com a família, longe de um centro médico.
jovem Sam Schmid após deixar o coma (à esquerda) e durante o coma. (Foto: ABC Reprodução)
A cirurgia controlou o aneurisma, mas o paciente não apresentava sinais de melhora. Desesperançosos com as chances de Schmid sobreviver, os médicos acreditavam que o norte-americano caminhava para uma morte cerebral. Para o neurocirurgião Robert Spetzler, conhecido nos Estados Unidos e responsável por mais de seis mil operações, a recuperação repentina foi quase um milagre.
Professor do médico que cuidou da congressista norte-americana Gabrielle Giffords em janeiro, Spetzler lista os problemas no cérebro de Schmid: aneurisma, hemorragia e um derrame que não chegou a afetar as áreas mais vitais do órgão.
Mas o médico desconfiou do fato de Schmid não ter apresentado lesões mais sérias e solicitou exames de ressonância magnética. Os resultados mostravam que as áreas críticas do cérebro não estavam escurecidas -- sinal de que houve morte cerebral -- o que fez Spetzler manter Schmid vivo por mais algum tempo.Enquanto os médicos discutiam o delicado tema da doação de órgãos com a família, Schmid mexeu dois dedos. Agora, ele já consegue caminhar com ajuda de um andador e sua voz, apesar de lerda, melhora a cada dia. A equipe que cuida do norte-americano crê que ele terá uma recuperação completa.
Ao falar pela primeira vez após o acidente, Schmid diz não se lembrar da batida e afirma somente se lembrar do momento em que "acordou" no hospital. O jovem universitário agora espera poder passar o Natal com a família, longe de um centro médico.
G1São Paulo
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