Os advogados de Marcelo
Odebrecht apresentaram nesta quarta-feira (21) 21 e-mails trocados entre o
empresário e funcionários da empreiteira que, segundo eles, comprovam a
negociação envolvendo a compra do terreno para o Instituto Lula.
As mensagens eletrônicas
estavam no computador pessoal de Marcelo e foram selecionadas depois que ele
passou a cumprir pena em casa.
Segundo a defesa do
empresário, as mensagens reforçam o que Marcelo afirmou na delação premiada a
respeito da compra, pela Odebrecht, do terreno que abrigaria a sede do
Instituto Lula, em São Paulo, em setembro de 2010. A obra nunca saiu do papel.
Em um desses e-mails, o
ex-executivo da Odebrecht Paulo Melo pede que o setor de propinas do grupo
programe três pagamentos e solicita que Marcelo os autorize.
Os mesmos valores aparecem
na planilha Italiano, relacionados à linha "prédio IL". De acordo com
a Lava Jato, Italiano é uma referência ao ex-ministro Antônio Palocci, que
admitiu gerenciar pagamentos ilícitos.
Na ação que investiga a
compra do terreno, o juiz Sérgio Moro já ouviu as testemunhas de defesa e de
acusação e também todos os réus na ação, incluindo o ex-presidente Lula. Não há
data para que o juiz dê a sentença do caso.
O advogado do ex-presidente
Cristiano Zanin, afirma que, de acordo com a lei, esses novos documentos
deverão ser retirados do processo. Para ele, a iniciativa é um factoide.
“Se isso não ocorrer, a
defesa de Lula irá questionar a idoneidade do material, além de pedir a
reabertura da fase de instrução, para que todas as testemunhas sejam novamente
ouvidas”, argumentou por meio de nota oficial.
Segundo a defesa, os e-mails
não mudam a “realidade de que Lula jamais solicitou ou recebeu a propriedade ou
a posse de qualquer imóvel para o Instituto Lula”.
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