“Dr. Paulo”, como seus amigos o chamam, foi um dos poucos políticos na história do País capazes de gerar um sufixo. Seu “ismo” particular, o malufismo, se transformou em sinônimo de desfaçatez com o estilo “rouba, mas faz”.
Amigo dos generais, Maluf foi governador biônico de São Paulo, sonhou com a presidência da República, na disputa contra Tancredo Neves, e depois obteve algumas vitórias importantes, elegendo-se prefeito de São Paulo e, depois, fazendo seu sucessor, com Celso Pitta. Ali, no entanto, começou sua derrocada.
Com o fiasco da gestão Pitta, Maluf só afundou, perdeu todas as eleições seguintes, passou uma temporada na prisão e depois voltou ao Congresso Nacional apenas para reconquistar o foro privilegiado.
Imaginava-se que, em Brasília, como um entre 503 deputados, ele prepararia sua aposentadoria política. Que nada!
Aos 81 anos, “Dr. Paulo” está mais ativo do que nunca. Além de constranger o presidente Lula e o candidato Fernando Haddad na foto que se tornou o emblema do vale-tudo na política, ele voltou ao centro da articulação política. |
No Recife, o seu PP acaba de fechar o apoio ao senador Humberto Costa, do PT. Quem selou o acordo? Paulo Maluf, que convocou o presidente estadual do partido, o deputado Eduardo da Fonte, para uma conversa com o presidente Lula em São Paulo.
Nesta quarta-feira, o PP obteve mais uma vitória importante. O senador Eduardo Braga (PMDB/AM), que balançava na liderança do governo federal e não vinha sendo recebido pela presidente Dilma Rousseff, anunciou sua desistência da corrida à prefeitura de Manaus, onde seria um candidato quase imbatível.
Quem Braga decidiu apoiar? A candidata Rebecca Garcia, que é deputada federal pelo PP de Maluf. Detalhe: dias atrás, Braga dizia que Rebecca dividia a base aliada e não deveria ser candidata. Essa costura envolveu diretamente a dupla Lula e Maluf.
Leia a íntegra em Maluf tá podendo muito
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