quarta-feira, 13 de junho de 2012

ILUSÃO

Escrava foste do desejo infortúnio
Pensando, talvez, no que a vida encerra;
Fui senhor, tornei-me oportuno
De banalidades que o destino ferra.

Eis-me, prostrado sobre a terra,
Condoído de ti, alma sofrida;
És leal, mas venceste a guerra
Mesmo tendo vitória merecida.

O amor que sem base e sem medida cresce
Só desalentos provoca a quem ama;
E se mais difícil mais se apetece,

Nunca penses que a ilusão finda.
E quando, por amor, ela acontece
O iludido sofre mais ainda.

Genézio Mendes é poeta paraibano, de Serraria, autor do Amor em Três Tempos, ex funcionário do Banco Central e reside atualmente no eixo João Pessoa- Recife, sempre antenado com movimentos  culturais.


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