Carlos Costa é jornalista e escritor |
Os recebi à porta: os poetas Jorge Tufic, que trouxe alguns de seus mais de 50 livros publicados e os presenteou com um boquê rosas a minha esposa, e Marcelino Ribeiro, esse um misto de poeta, versejador, cronista, violonista, cantor de afinada voz e blogueiro. Era o aniversário de minha esposa Yara Queiroz.
O JT, com títulos de cidadão de vários Estados, concedidos pelas Assembléias Legislativas, sempre passando levando um lanço aos olhos e ao seu famoso bigode, sentamos à varanda do apartamento onde moro em Manaus.
Enquanto o Marcelino Ribeiro fazia sua apresentação em versos, o cidadão do Brasil, JT, falava sobre os poetas Raul Bopp, Augusto dos Anjos e vários outros, com humildade e simplicidade, mas com a propriedade de um intelctual nos seus mais de 80 anos.
O poeta e repentista da Paraíba, Marcelino Ribeiro pediu silêncio e mostrou um outro lado de sua intelectualidade que a todos era desconhecida: o de exímio tocador de violão, banjo e cantor também. Mas era preciso silêncio para ouví-lo!
E a festa de aniversário de minha esposa prosseguia!
Na varanda do “palacete aéreo” como definiu o poeta JT, continuava o garçon servindo bebidas a todos e água para mim. Cheguei a sorrir com algumas engraçadas apresentações em versos que Marcelino Ribeiro fazia, para quem entrasse no apartamento. E o grupo estava formado.
- Olha, ele ri – falou pra mim Suzan Jones a esposa de Marcelino Ribeiro, acrescentando “é um milagre de Deus ele ainda estar vivo”. E é mesmo! Vivo de teimoso só porque DEUS quer que eu viva um pouco mais com duas bactérias incuráveis em minha cabeça e sempre baixando a hospitais para a drenar pús que se cria entre o cérebro e o crânio, que me foi arrancado dois lados “para evitar uma infecção generalizada”, falaram os médicos.
Tudo bem, se é para eu viver um pouco mais pela vontade de DEUS, e a ajuda da medicina, viverei!...
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