Carlos Costa é jornalista e escritor |
Antônio Francisco Bonfim Lopes, o “Nem” da Rocinha, foi preso de madrugada, quando um corola preto, tentava deixar a Favela. Os policiais contaram que, no momento da abordagem, um dos tripulantes se identificou como cônsul do Congo, outro como funcionário do consulado e o terceiro como advogado. Dentro da mala do carro, se encontrava o traficante!
No dia 9/11/2011, policiais estavam escoltando bandidos que deveriam ser presos. No dia seguinte, NEM eu acredito que Antônio Francisco Bonfim Lopes tenha sido capturado; mas foi. No alto do Morro da Rocinha, “NEM” ocupava uma confortável residência de três andares, com piscina, tv de plasma, vista panorâmica no terraço, salão para festas, tudo o que o poder do trafico pode comprar e proporcionar. Ou seja, NEM demonstrava luxo e riqueza à custa dos miseráveis consumidores das drogas comercializadas pelo traficante!
Depois da oferta de dinheiro e dos movimentos que ocorriam no carro, chamaram a Polícia Federal. Durante a revista ao carro, o traficante “NEM” foi encontado dentro do porta-malas.
“Estou orgulhoso, amo minha corporação”, afirmou um PM. Eu também estou, saibam disso os senhores militares da PM, porque no dia anterior, os senhores militares da corporação também prenderam policiais civis e alguns da própria PM que escoltavam bandidos que tentavam fugir da Rocinha. E o pior é que entre os presos, se encontrava um traficante que simplesmente havia mudado de endereço e passado a traficar em outra favela, como sempre venho afirmando seguidamente em minhas crônicas.
Agora, nos resta esperar que os serviços públicos e privados do Estado, antes oferecido sem qualquer burocracia por “NEM”, entrem na Favela da Rocinha e a ocupem-na em sua plenitude porque, mesmo que sendo para o mal de todos, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha oferecia isso de graça, mas à custa de desgraça de muitos que usavam as drogas que ele mandava comercializá-las.
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