O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quarta-feira (7)
que vê com naturalidade a diferença de versões apresentadas pela defesa do
presidente Michel Temer e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso em torno do pedido de quebra de sigilo.
Barroso disse que a defesa do presidente teve acesso a detalhes
sigilosos do processo e a defesa disse que as informações estavam disponíveis
no site do STF.
"Não vejo nenhum mal entendido. Acho que são coisas mais ou menos
naturais. Tem de parte das partes manifestação sobre as decisões judiciais. Às
vezes nos autos recorrendo e às vezes uma manifestação política, que é o caso
que os advogados do presidente têm feito", disse Padilha.
Barroso, que é relator do inquérito que investiga o presidente e apura
irregularidades na edição de decreto que teria beneficiado empresas do setor de
portos, pediu a quebra de sigilo bancário de Temer.
A partir deste pedido, Temer pediu ao STF a cópia da decisão do ministro Luís
Roberto Barroso que autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal.
Ontem, Barroso determinou que seja investigado o "vazamento" de informações sigilosas sobre
o inquérito. No despacho, o ministro afirmou que a defesa do presidente Temer
teve acesso a detalhes do processo que são sigilosos.
A defesa de Michel Temer negou o vazamento e explicou que os números
citados nas petições, pedindo acesso ao procedimento de quebra de sigilo
bancário do presidente, foram obtidos no "Diário de Justiça
Eletrônico", que está disponível no site Supremo Tribunal Federal.
A defesa disse ainda que vai apresentar nesta quarta-feira (7) o
detalhamento dos esclarecimentos formais ao STF.
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