quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Desembargador acata pedido e processo de Adail será julgado na comarca de Coari

O desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) Rafael Romano informou, ontem, que acatou o pedido dos advogados de defesa do prefeito afastado de Coari, Adail Pinheiro (PRP), para que a ação penal na qual Adail é acusado de favorecimento à prostituição seja julgada na comarca do município. 

“Chegou (o pedido), hoje, (ontem) e já despachei para o primeiro grau”, disse Romano.
Adail Pinheiro estava sendo julgado pelo TJAM por ter foro privilegiado.

 Mas, em dezembro de 2014, ele foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para ser válido, juridicamente, o acórdão com a cassação precisa ser publicado no Diário Eletrônico de Justiça (DeJ) pelo TSE. Segundo a assessoria de comunicação do TSE, a publicação deve ocorrer até a próxima semana. 

De acordo com o desembargador, “agora é uma questão de tempo para publicação” da decisão. Com a decisão de Romano, a ação penal, que tramitava desde junho de 2014 e estava em fase final para ir à julgamento no TJAM, será analisada na comarca de Coari desde a fase inicial.

Na ação, iniciada a partir de uma denúncia do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), Adail é acusado de comandar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes em Coari, além de favorecimento à prostituição. 

Também são réus na ação os ex-secretários municipais de Coari Anselmo Nascimento, Elias Nascimento, Alzenir Maia, Francisco Erimar Torres de Oliveira e Eduardo Jorge de Oliveira Alves.

Por conta das denúncias, Adail está preso, em Manaus, no Comando de Policiamento Especializado (CPE) da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), desde fevereiro de 2014. Em março do ano passado, ele foi afastado da administração do município.

Os advogados de defesa de Adail Pinheiro alegam que as denúncias foram ‘plantadas’ por adversários políticos e são inverídicas.

Em 2014, Adail Pinheiro foi condenado pelo TJAM, em uma outra ação penal, a 11 anos de reclusão pelos mesmos crimes. 


De acordo com o sistema de acompanhamento processual do tribunal, o prefeito afastado ainda responde, entre outros, a dois inquéritos policiais por favorecimento à prostituição, sob relatoria do desembargador Mauro Bessa. Os inquéritos estão, desde o dia 2 de fevereiro, em fase de diligências.

Nenhum comentário:

Postar um comentário