Donde viste tu, que ao chegares
senti saudade tua na presença,
e ao entrares, sem pedir licença,
ocupaste em meu corpo teus lugares.
Passeaste por todos meus andadres,
meu coração pulsando a cada gesto,
e cresci ao renascer do resto
d! amor que me foi vida outrora.
Eu, que fui mesquinho, quero agora
dar-te borbulhas de água de vertente
e quero o teu amor como presente,
para sempre, como se eterno fosse,
que entre nós nunca chegue o acabou-se,
pra que eu não sofra tudo novamente.
GENÉZIO MENDES é poeta paraibano, nascido em Serraria
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