O poeta, em seu mundo imaginário,
esboça cenas cheias de paisagens,
imagina caminhos e viagens
de seus passos no espaço visonário.
O real não lhe é sempre necessário,
quando muito, auxilia nas montagens
dos poemas no alcance das miragens
além da luz no pensamento vário.
.
O poeta não é um fingidor.
O poeta é uma ser transformador
da própria dor que sobre sí desabe
E um grande privilégio ele detém:
É capaz de tirar de onde não tem
e saber colocar onde não cabe.
Ronaldo Cunha Lima é poeta e ex-governador da Paraíba
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