segunda-feira, 11 de julho de 2011

UM BACURAU NO PODER, O LIVRO


Jornalista e Assistente Social




Por Carlos Costa


Marcelino Ribeiro, uma mistura de poeta cordelista de origem paraibana,  cronista e contista, é uma daquelas pessoas para quase pode-se chamar de perfeitas e completas. Com seu livro “Um Bacurau no Poder”, contendo crônicas, artigos e poesias publicadas no Amazonas e em seu Estado Natal, a Paraíba, presta homenagem a várias pessoas vivas e mortas que fizeram história no Amazonas.

 Poeta cordelista de mão cheia, capaz de criar poema de cordel a partir de uma palavra qualquer, Marcelino Ribeiro vai além dessa sua habilidade e mostram outras também.
Tirando a homenagem desmerecida a mim prestada, em seu texto chamando-me de “Sabiá da Crônica” – acho que não sou tão bom assim! -, envereda também pela crítica literária e também presta homenagem à Ierecê Barbosa, transcrevendo em seu livro “Um Bacurau no Poder” dois poemas da autora com profunda conotação social – não sei por que ela deixou de escrever e publicar – que não os tinha percebido assim quando apresentei “Sonhos de Papel”, livro de estréia da excepcional poetisa.
Mas por que o título “Um Bacurau no Poder”? Talvez seja porque bacurau seja o nome de várias aves noturnas da família dos caprimulgídeos, entre as quais a espécie nyctidromus albicollis – curiango, acurana,  corucão, tababo-bom, tiom-tiom. Ou porque seja uma pequena e singela homenagem ao deputado falecido  Hamilton Cidade, nascido em Manicoré, onde se diz que toda pessoa nascida naquele município é um “bacurau”.
O nome, a referência e o porquê  é o que menos importam. A obra é para ser lida porque como diz a doutora em educação, Ierecê Barbosa, toda crônica é uma parte da história e passou a ser cultivada como um gênero literário. Diante disso só posso dizer: Marcelino Ribeiro está construindo sua própria história e historiando para o futuro, nomes que se consagraram no Estado. Eu sinto-me orgulhoso em ele ter-me alcunhado de o “Sabiá da Crônica” porque nunca cheguei a me ver por esse ângulo. Apenas escrevo o que quero, como quero e não cabe a mim julgar-me; mas, aos outros, talvez!


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