Duas resoluções, uma da Agência Nacional de Saúde, a 306/2004, e outra do Conselho Nacional do Meio Ambiente, 358/2005 mas, de forma contrária ao que orienta a Organização Mundial de Saúde (OMS) - separar resíduo especial no momento de sua geração em resíduos contaminados e não contaminados, praticamente tornam inviáveis o seu cumprimento pela grande maioria das instituições de saúde Mas não impossível!
Segundo o site “Setor de Reciclagem" no Brasil, todos somos obrigados a seguir uma norma que divide o resíduo de saúde em cinco grupos, subdivididos em outros subgrupos, complicando tudo", explica Silva Filho.
O articulista conclui: "imagine um profissional de saúde, no momento de uma cirurgia - em que está gerando um resíduo de saúde -, ter de se preocupar em qual dos cinco compartimentos, subdivididos em mais alguns, irá colocar determinado resíduo. Parece inviável, uma vez que o profissional tem que prestar atenção no que está fazendo. Assim, o que deveria ser simples, barato e viável fica impossível", declara Silva Filho, mais uma vez.
Em parte, concordo, porque o profissional de saúde, principalmente em procedimentos, não trabalha sozinho; mas em equipes e técnicos e estes é que são os responsáveis por esta separação. Não ao médico!
"O Brasil se equipara à África na questão do gerenciamento do lixo hospitalar. A maior parte dos resíduos sólidos, incluindo os de saúde vai para o lixão sem receber nenhum tratamento. O lixão sequer deveria existir, pois compromete o solo, afetando as regiões próximas a ele, o pasto e, consequentemente, os animais e o homem". Também não é bem assim.
Há problemas. O “Fantástico” do domingo mostrou, isso é verdade e uma prova da incompetência dos Municípios ao contratarem seus prestadores de serviços, mas quando fui diretor de área de órgão paraestatal que realizava serviços médicos, além de outros, fui obrigado a cumprir as duas resoluções e mandar construir depósito específico só para que o lixo hospitalar fosse separado de forma adequada.
E era perfeitamente separado pelos profissionais de saúde que existiam em no quadro de servidores porque, como já afirmei, não são os médicos que devem separar o lixo hospialar. Mas auxiliares dos médicos. Depois, o pessoal de nossa limpeza fazia o resto e os depositava no local recomendado.
O Brasil gera mais de mil toneladas de lixo hospitalar por dia, das quais apenas 290 toneladas diárias são tratadas adequadamente - 210 toneladas/dia só na região Sudeste (dados de 2005), segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O restante vai para o lixão, local inadequado para depositar resíduos, utilizado por países em desenvolvimento como Brasil, África e Índia. A complexidade imposta pela legislação brasileira e a falta de conhecimento da sociedade e do governo dificultam a solução do problema que pode gerar danos ao meio ambiente e ao homem com transmissão de doenças como hepatite B, tuberculose e gripe aviária. Soma-se ainda, à incompetência dos gestores da saúde pública brasileira.
Resoluções existem. É só fazer cumpri-las, exigindo que hospitais construam também depósitos decentes para acondicionamento de lixo hospitalar! É só isso que falta e nada mais!
Segundo o site “Setor de Reciclagem" no Brasil, todos somos obrigados a seguir uma norma que divide o resíduo de saúde em cinco grupos, subdivididos em outros subgrupos, complicando tudo", explica Silva Filho.
O articulista conclui: "imagine um profissional de saúde, no momento de uma cirurgia - em que está gerando um resíduo de saúde -, ter de se preocupar em qual dos cinco compartimentos, subdivididos em mais alguns, irá colocar determinado resíduo. Parece inviável, uma vez que o profissional tem que prestar atenção no que está fazendo. Assim, o que deveria ser simples, barato e viável fica impossível", declara Silva Filho, mais uma vez.
Em parte, concordo, porque o profissional de saúde, principalmente em procedimentos, não trabalha sozinho; mas em equipes e técnicos e estes é que são os responsáveis por esta separação. Não ao médico!
"O Brasil se equipara à África na questão do gerenciamento do lixo hospitalar. A maior parte dos resíduos sólidos, incluindo os de saúde vai para o lixão sem receber nenhum tratamento. O lixão sequer deveria existir, pois compromete o solo, afetando as regiões próximas a ele, o pasto e, consequentemente, os animais e o homem". Também não é bem assim.
Há problemas. O “Fantástico” do domingo mostrou, isso é verdade e uma prova da incompetência dos Municípios ao contratarem seus prestadores de serviços, mas quando fui diretor de área de órgão paraestatal que realizava serviços médicos, além de outros, fui obrigado a cumprir as duas resoluções e mandar construir depósito específico só para que o lixo hospitalar fosse separado de forma adequada.
E era perfeitamente separado pelos profissionais de saúde que existiam em no quadro de servidores porque, como já afirmei, não são os médicos que devem separar o lixo hospialar. Mas auxiliares dos médicos. Depois, o pessoal de nossa limpeza fazia o resto e os depositava no local recomendado.
O Brasil gera mais de mil toneladas de lixo hospitalar por dia, das quais apenas 290 toneladas diárias são tratadas adequadamente - 210 toneladas/dia só na região Sudeste (dados de 2005), segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O restante vai para o lixão, local inadequado para depositar resíduos, utilizado por países em desenvolvimento como Brasil, África e Índia. A complexidade imposta pela legislação brasileira e a falta de conhecimento da sociedade e do governo dificultam a solução do problema que pode gerar danos ao meio ambiente e ao homem com transmissão de doenças como hepatite B, tuberculose e gripe aviária. Soma-se ainda, à incompetência dos gestores da saúde pública brasileira.
Resoluções existem. É só fazer cumpri-las, exigindo que hospitais construam também depósitos decentes para acondicionamento de lixo hospitalar! É só isso que falta e nada mais!
A cirurgia a que seria submetido ontem foi transferida para hoje à noite, por falta de leito na UTI. Diante disso, decidi escrever mais uma crônica:
A cirurgia a que seria submetido ontem foi transferida para hoje à noite, por falta de leito na UTI. Diante disso, decidi escrever mais uma crônica:
Carlos Costa é jornalista e Assistente Social
A cirurgia a que seria submetido ontem foi transferida para hoje à noite, por falta de leito na UTI. Diante disso, decidi escrever mais uma crônica:
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