A Polícia Federal (PF)
confirmou nesta terça-feira (24) que solicitou à Justiça Federal a
transferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Superintendência de
Curitiba.
O pedido foi protocolado no
sistema eletrônico da Justiça Federal na sexta-feira (20). O motivo, segundo a
PF, é o custo que tem sido gerado para garantir a segurança do ex-presidente.
A estimativa da PF é de cerca
de R$ 300 mil ao mês com diárias, deslocamentos e servidores extras.
A PF também reclama da
interferência na prestação de serviços e diz que a custódia é apenas
provisória.
Lula está preso desde o dia 7 de abril,
após condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em duas
instâncias, no caso do triplex em Guarujá (SP). Ele é o primeiro ex-presidente do Brasil
condenado por crime comum.
O ex-presidente está preso em
uma sala especial de 15 metros quadrados, no 4º andar do prédio da PF, com
cama, mesa, TV e um banheiro de uso pessoal.
MPF
O Ministério Público Federal
(MPF) manifestou-se contrário aos pedidos para transferência de Lula feitos
pela Prefeitura de Curitiba, pelo coletivo Advogadas e Advogados pela
Democracia e pelos moradores do entorno da Polícia Federal.
Os procuradores federais
justificaram que “é difícil afirmar a existência de outro local no estado do
Paraná que possa garantir o controle das autoridades federais sobre as condições
de segurança física e moral do custodiado”.
Sobre o pedido da PF, o MPF
disse que vai esperar o prazo final para se manifestar.
Outros pedidos
Neste mês de abril, o
Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Paraná (SINDPF/PR) entregou ao
superintendente da Polícia Federal no Paraná, Maurício Valeixo, um pedido para
que o ex-presidente Lula fosse retirado da sede da corporação.
Na ocasião, o sindicato
sugeriu que Lula fosse levado para uma unidade das Forças Armadas. Os delegados
argumentaram que a prestação de serviços da corporação estava sendo prejudicada
com a movimentação no local decorrente da prisão.
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