O Palácio do Planalto decidiu usar a reforma
ministerial para se blindar junto aos aliados de uma eventual
terceira denúncia contra o presidente Michel Temer ou mesmo de um
enfraquecimento político por causa das investigações do caso Rodrimar.
Com isso, a lógica das
mudanças no primeiro escalão foi invertida. Segundo um auxiliar direto do
presidente, antes o objetivo da reforma ministerial era exigir fidelidade para
o projeto de reeleição de Temer. Agora, com o enfraquecimento político depois do
susto com a prisão dos
amigos do presidente, o governo vai pedir apoio politico para se
proteger caso seja apresentada uma terceira denúncia pelo Procuradoria Geral da
República.
"A nossa lógica mudou. É
óbvio que essa investigação do círculo mais próximo do presidente Temer
incomoda, por isso mesmo temos que fazer uma ação preventiva junto a nossa base
aliada. Os partidos manterão seus ministérios com a garantia de que o
presidente terá o apoio necessário na Câmara", disse ao blog um auxiliar direto de Temer.
Como antecipou o blog,
o governo ficou aliviado na noite de sábado (31) com a revogação das prisões
dos amigos do presidente Michel Temer, inclusive o advogado José Yunes, o
coronel aposentado da PM José Baptista Lima Filho e o ex-ministro Wagner Rossi.
Mesmo assim, há o
reconhecimento de que as investigações ganharam uma dinâmica própria e que,
portanto, novas surpresas podem enfraquecer politicamente o presidente.
Fonte: Blog do
Camarotti
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