Por Ronaldo Cunha Lima
As lágrimas que chorei nos meus desertos
nem pareciam vindas do meu pranto.
Um pranto de orvalho já libertos,
excluídos dos idos de meu canto.
Elegias e credos sempre incertos,
que, decerto, tramaram o acalanto,
feito encanto de paz e à paz insertos
nos momentos vividos de amor tanto.
As dores do meu pranto, nem sei onde
protegê-los da lágrima que ronde
sentimentos que trago descobertos,
para que não se aposse e mais não sonde
o meu querer, que de minh'alma esconde
as lágrimas que chorei nos meus desertos.
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