Sérgio Moro fala sobre o poder de gestão sobre duas empresas e na falta de acordo de leniência
Cleide Carvalho, O Globo
O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, afirmou em ofício encaminhado ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, no qual defende a manutenção da prisão preventiva do empresário Marcelo Odebrecht, que os indícios de pagamento de propina pela Construtora Norberto Odebrecht e pela Braskem, duas das empresas do Grupo, remetem à responsabilidade de "alguém com poder de gestão sobre as duas". Na avaliação de Moro, se não concordasse com os crimes, a Odebrecht poderia ter buscado acordo de leniência.
"Se o paciente não concordasse com os crimes, seria de se esperar a apuração interna dos fatos, a demissão dos subordinados e busca de acordos de leniência", afirmou Moro em seu ofício.
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