Comentário
O que essa gente do governo Dilma Rousseff, ela incluída,
imagina mesmo que somos? Um bando de idiotas? Ou de ignorantes?
Incapazes de distinguir entre o falso e o verdadeiro?
Vai ver
parecemos dispostos a ser enganados desde que não nos apertem os bolsos.
Nem revoguem direitos e benefícios obtidos a duras penas. Ou que nos
foram concedidos em troca de votos.
Pois é...
Os aloprados estão de volta!
Perdão.
Os aloprados não estão de volta. Estão de volta aqueles que a cada
eleição tentam por meios escusos influenciar seus resultados.
Lula
chamou de aloprados os membros de sua campanha à reeleição que montaram
um falso dossiê para enlamear a imagem dos candidatos do PSDB a
presidente da República (Geraldo Alckmin) e ao governo de São Paulo
(José Serra).
Aloprado é um tipo inquieto. Ou amalucado. Sem juízo. Apenas isso.
Na
época, ninguém contestou o uso impróprio do inocente adjetivo para
identificar, de fato, manipuladores da vontade popular. Sinto muito, mas
era disso que se tratava.
Agora será diferente?
Como
qualificar os que agiram para transformar a CPI da Petrobras numa
despudorada farsa? Uma CPI que poderia afetar o resultado da próxima
eleição presidencial.
Ali havia um grave malfeito a ser
investigado capaz de alcançar Dilma a poucos meses da sua sucessão. A
Petrobras fez um dos piores negócios de sua vida ao comprar a refinaria
de Passadena, nos Estados Unidos.
O negócio foi aprovado pelo
Conselho de Administração da companhia presidido por Dilma. Respondam
com franqueza: o que foi feito da gestora tida por Lula como exemplar?
Dilma
alegou que se baseara num parecer técnico “falho” quando avalizou a
compra da refinaria. E que o autor do parecer já fora demitido da
diretoria da Petrobras.
Descobriu-se, afinal, que o demitido,
assim como a atual presidente da companhia, receberam de véspera as
perguntas que lhe seriam feitas por senadores do governo escalados para
integrar a CPI.
Uma ação entre amigos. Ou melhor: um crime!
Sob
pressão do governo, o Tribunal de Contas da União (TCU) retirou o nome
de Dilma da lista dos eventuais culpados pelo prejuízo de US 792,3
milhões contabilizados pela Petrobras.
Deixou de fora da lista o
nome da presidente da Petrobras, Graça Foster. E por fim adiou o
julgamento do caso. Graça não poderia dispor de melhor advogado de
defesa – Dilma, que a nomeou para o cargo.
Lembram-se da vez que
Lula se referiu a Sarney como “um homem incomum?” Foi a maneira que
achou para socorrer o fiel aliado, suspeito de alguma tramoia.
Graça
é “uma mulher incomum”, sugeriu Dilma. Que decretou: “Nós não achamos
que pese contra ela qualquer processo de irregularidade”. Nem contra o
marido de Graça, prestador de serviços à Petrobras.
Seria mais
razoável que Dilma correspondesse ao que se espera de quem ocupa o cargo
mais importante da República, deixando o TCU livre para decidir se
lançará o nome de Graça no rol dos responsáveis pelo negócio de
Pasadena.
Ninguém pediu a opinião dela sobre Graça. Ninguém. E não
interessa ao tribunal – e não deve interessar - o que pensa Dilma de
sua amiga de fé, irmã, camarada.
O poder costuma cegar quem o exerce.
Embora
carente de talento para estar onde foi posta por Lula, Dilma entende
que merece se reeleger porque fez um governo estupendo, inesquecível.
Por certo, inesquecível, sim...
De resto, é tamanha a fraqueza dos seus adversários que ela tem tudo para se reeleger. Se os fados ajudarem, no primeiro turno.
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