sábado, 2 de agosto de 2014

A VOLTA

Venho de um sonho que sonhei contrito, 
com esperança de vê-lo idealizado,
dos passos de uma rua do passado,
dos castelos de areia o mais bonito.

Venho do adeus, que sufocou meu grito
de menestrel do amor, venho do fado
de ser na vida um espaço limitado
e viver neste circunscrito.

Estou voltando à vida rotineira
de ser espera pela vida inteira
até quando me alcance o nada, o pó.

E volto, como volta uma cão sem dono,
às mesmas sendas de seu abandono,
à ,mesma sina de ser triste e só.

RONALDO  CUNHA LIMA foi poeta, governador e senador da Paraíba


Nenhum comentário:

Postar um comentário