Quando eu soltar o meu último suspiro,
quando o meu corpo se mostrar gelado
e o meu olhar de parecer vidrado,
e se quiseres saber se inda respiro,
eis o melhor processo que sugiro:
não precisa de espelho decantado
em frente ao meu nariz, mesmo afastado,
porque não falha a prova que prefiro.
Procede dessa forma: no meu peito,
do lado esquerdo, coloca a tua mão,
continuando firme desse jeito.
Dize-me baixinho: " acorda, pai querido" !
e se não palpitar meu coração,
então é certo que terei morrido!
Ronaldo Cunha Lima, poeta paraibano, ex-governador e senador
Nenhum comentário:
Postar um comentário