Abriu as asas e voou sozinho,
imaginando que céu atingiria.
Sentindo que o horizonte lhe mentia,
resolveu retornar para o seu ninho.
É azul, todo azul o seu caminho
no retorno da longa travessia.
Por momento, o vento, a ventania,
faz voar bem mais alto o passarinho.
Acima, mais acima vê condores,
lá em baixo, na terra, os caçadores...
E, entre nuvens, nas nuvens se embaraça.
Seu sonho de voar se extinguira.
O azul do horizonte é uma mentira
e a terra, verdejante, uma ameaça.
RONALDO CUNHA LIMA, EX-GOVERNADOR, SENADOR E POETA PARAIBANO, AUTOR DE VÁRIAS OBRAS LITERÁRIAS.
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