Senador José Agripino Maia (DEM-RN)
Maria Lima, O Globo
Líderes e dirigentes regionais do DEM, principalmente candidatos do partido nas eleições para prefeito, em outubro próximo, têm pressa e cobram um desfecho rápido para o caso do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). A avaliação da cúpula do partido é que mesmo as candidaturas bem avaliadas nas capitais sofreram um duro golpe e podem ficar inviabilizadas se não for promovido um afastamento sumário do senador goiano.
No Senado, patina o pedido de abertura de processo disciplinar no Conselho de Ética, porque o presidente José Sarney (PMDB-AP) só marcou para o dia 10 de abril, depois da Páscoa, reunião para eleição do novo presidente do colegiado, acéfalo desde o ano passado.
A pressão maior vem dos deputados. Nesta quinta-feira pela manhã, o presidente e líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), teve um primeiro encontro com o líder da Câmara, ACM Neto (BA), e uma reunião da Executiva nacional chegou a ser marcada para terça-feira. Mas acabou desmarcada para dar tempo a Demóstenes de ler os autos do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) e se defender.
Até à tarde desta quinta-feira, o advogado de Demóstenes, Antônio Carlos de Almeida Castro, dizia não ter tido acesso aos autos das investigações que levaram ao inquérito no STF.
Os candidatos do DEM, porém, consideram que o partido não pode esperar muito para tomar uma providência. Segundo os democratas, de norte a sul, está havendo uma “caça às bruxas”, e a simples menção do nome “democratas” provoca uma enxurrada de xingamentos.
- A leitura que se faz é muito ruim. Dizem: se até o Demóstenes, que era o Demóstenes, fez essa barbaridade, imagina o que não vão fazer os outros do DEM? Este caso nos desmoralizou - desabafou um candidato do partido.
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