POLÍTICA
Lula e dona Marisa no Hospital Sírio-Libanês Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula
Tatiana Farah e Antônio Marinho, O Globo
Os médicos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva detectaram dois pequenos focos de infecção, um em cada pulmão, mas ainda não identificaram o agente causador da pneumonia que levou o ex-presidente a ser internado neste domingo no Hospital Sírio-Libanês.
Por isso, o tratamento dado a Lula, que no domingo estava com febre e dor de garganta, será amplo: além de duas semanas de antibióticos, será submetido a antivirais e antifúngicos.
- Por não termos definido qual o micro-organismo (da pneumonia), se faz uma cobertura mais ampla (de tratamento) - explicou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva no Hospital Sírio Libanês, o oncologista Artur Katz, um dos médicos do ex-presidente.
Segundo a equipe médica que acompanha Lula, a doença está relacionada com a queda de imunidade provocada pelo tratamento contra um câncer na laringe, detectado em outubro passado.
Após três sessões de quimioterapia e 33 de radioterapia, o ex-presidente encerrou o tratamento no dia 17 de fevereiro, mas ainda sofre alguns efeitos colaterais da radiação, como a dificuldade de deglutir, a perda de peso e a queda na imunidade.
- Evidentemente, nada do que está acontecendo em termos de infecção teria acontecido numa situação normal. Por outro lado, o tratamento ao qual o ex-presidente foi submetido é extraordinariamente pesado, com muita quimioterapia e radioterapia, que de forma absolutamente previsível leva a uma queda do estado geral, a uma certa perda de peso e, evidentemente, muda a imunidade - detalhou Katz.
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