*Por Ronaldo Cunha Lima
Ele esperou por ela e adormeceu
na contagem do tempo vida afora.
Já não recorda que ela foi embora,
já nem se lembra do do aconteceu.
Vive d olhar relógios. Não perdeu
a esperança de que, a qualquer hora,
sem mais tropeços e sem mais demora
ela volte a viver ao lado seu.
Enlouqueceu de vez, quando perdia
o encontro, que tanto lhe pedia,
pois faltou do relógio a precisão.
O instante exato agora o obsedia
e a quem passa, pergunta, todo dia:
Amigo, por favor, que horas são?
*Poeta e ex-governador da Paraíba
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