O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Marcelo Odebrecht prestarão depoimentos nesta terça-feira (4), a partir das 14h30 (de Brasília), ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal no Distrito Federal.
De acordo com a Justiça Federal, os depoimentos serão por videoconferência: Lula estará em São Bernardo, São Paulo, e o empresário em Curitiba, onde está preso como réu em processos da operação Lava Jato.
O ex-presidente prestará depoimento como testemunha de defesa do ex-deputado Eduardo Cunha, preso também em Curitiba. Já Marcelo Odebrecht deporá como testemunha de defesa do doleiro Lúcio Funaro.
Funaro está preso em Brasília, desde 1º de julho de 2016, na operação Sépsis, com base na delação de Fabio Cleto, ex-vice presidente de Fundos e Loteria da Caixa. O doleiro é apontado como operador financeiro de Cunha.
Um dos desdobramentos da Lava Jato, a operação Sépsis investiga esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.
Prisão de cunha
O ex-deputado Eduardo Cunha foi preso pela Polícia Federal no dia 19 de outubro de 2016, em Brasília, de onde foi levado para Curitiba. O pedido de prisão foi emitido pelo juiz federal Sérgio Moro.
No dia 30 de março deste ano, Moro condenou o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Além da reclusão, foi fixada uma multa de mais de R$ 250 mil a ser paga pelo ex-deputado.
Os 15 anos e 4 meses a que o ex-presidente da Câmara foi condenado correspondem a 6 anos por corrupção passiva, 5 anos e 10 meses por lavagem de dinheiro e 3 anos e 6 meses por evasão de divisas.
Além disso, o magistrado estipulou uma multa para cada um dos crimes que chega a 384 dias/multa, sendo que cada dia/multa é equivalente a um salário mínimo na época em que os crimes foram cometidos.
Moro também determinou que Cunha seja impedido de assumir função pública e cargo de diretor, membro de conselho ou de gerência das pessoas jurídicas pelo dobro do tempo da pena de reclusão, ou seja, por 30 anos e 8 meses.
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