Ricardo Noblat
Um dia ainda será desvendado o mistério da ligação para a vida ou para a
morte entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras,
Graça Foster – a Graciosa.
Conhecedor das entranhas do que já foi apurado até agora sobre a
roubalheira na Petrobras, o Procurador Geral da República recomendou a
demissão de Graça e dos demais diretores da empresa.
Elegante e diplomático como sempre, o vice-presidente Michel Temer
procedeu da mesma forma. Por sinal, não há um só político com juízo que
pense diferente disso. E, no entanto...
Sobrou para Moreira Franco, ministro da Secretaria de Aviação Civil,
que havia sido escalado por Dilma para permanecer no cargo durante seu
segundo governo. Moreira teve um bom desempenho na Secretaria.
Repórteres de O Globo, Simone Iglesias e Geralda Doca apuraram que
Dilma resolveu mandar Moreira embora por que ele, em uma reunião do
PMDB, defendeu a demissão de Graça.
Amizade apenas não justifica o empenho desmedido de Dilma em manter
Graça na presidência da Petrobras. Graça está bichada. Na melhor das
hipóteses, foi incompetente por desconhecer o que se passava ao seu
redor.
O comportamento de Dilma alimenta a suspeita de que ela e Graça agiram
juntas para acobertar o esquema de corrupção da Petrobras montado ainda
no governo Lula. Nesse caso, como ela poderia largar Graça de mão?
Dilma não é Lula. Que largou de mão José Dirceu para que uma cabeça rolasse em pagamento pelo escândalo do mensalão.
Dilma Rousseff e Graça Foster (Imagem: Diego Nigro / JC) |
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